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Fim das liquidações de inverno faz inflação subir em setembro

Entre o final de agosto e o do mês passado, todas as classes de despesa tiveram alta

A inflação medida pelo IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor – Semanal) ficou maior em setembro do que em agosto, mostrando que a alta de preços ainda não deu trégua ao consumidor. A pesquisa da FGV (Fundação Getúlio Vargas) mostra que, em números, a alta de preços dos itens de vestuário foi a maior.

Na medição feita até o dia 30 do mês passado, os preços avançaram 0,50%, após terem ficado em 0,40% na pesquisa encerrada em 31 de agosto. De um ano para cá, os preços já acumulam aumento de 7,14%.

Entre o final de agosto e o do mês passado, todas as classes de despesa tiveram alta. Vestuário e habitação foram os itens que mais subiram em setembro.

Em agosto, os preços das roupas haviam encerrado com uma queda de 0,33% nos preços. No mês passado, esse percentual ficou em 0,93%, por causa do fim das liquidações de inverno e a entrada da primavera no comércio de roupas.

No caos dos gastos com a casa, o custo dessa categoria passou de um avanço de 0,38% para 0,65%.

Subiram ainda os gastos com saúde e cuidados pessoais (de 0,46% para 0,51%), transportes (0,11% para 0,14%), educação, leitura e recreação (0,19% para 0,20%) e despesas diversas (-0,04% para 0,29%).

Os alimentos também subiram (0,55% na alta de preços), mas menos do que o visto um mês antes (0,80%).

A boa notícia é que, ao longo de setembro, os preços vieram desacelerando semana a semana. Na primeira medição do IPC-S do mês passado, a inflação havia ficado em 0,74%, com grande peso da alimentação (que havia ficado em 1,76%).

Na segunda medição, os preços já haviam desacelerado para 0,69%, com alta forte nos alimentos (1,39%) e no vestuário (1,14%). Na terceira semana, o IPC-S ficou em 0,58%, com o vestuário liderando os aumentos (1,25%), seguido pelos alimentos (0,9%).

Na última semana do mês, os preços subiram 0,5%, com a maior alta vista em vestuário (0,93%).

A pesquisa considerou os preços analisados entre os dias 1º e 30 de setembro de 2011, comparados aos coletados entre 1º e 31 de agosto de 2011, nas cidades de Recife, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre. A pesquisa foi divulgada nesta segunda-feira (3).

A próxima apuração do IPC-S, com dados coletados até o dia 07 de outubro, será divulgada no dia 10.