O saldo acumulado de pedidos de falência no Brasil é de 885 no primeiro semestre do ano, conforme aponta o Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações. O número de falências requeridas entre janeiro e junho de 2013 é 9,2% menor que os 975 requerimentos realizados no mesmo período do ano passado.
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Pedidos de falências fecham o primeiro semestre em queda
No entanto as micro e pequenas empresas tiveram aumento de falências no período, pressionadas pelo crédito mais seletivo
Dos 885 pedidos de falência realizados no primeiro semestre de 2013, 528 foram feitos por micro e pequenas empresas, 226 por médias e 131 por grandes.
Quanto às falências decretadas, um total de 336 no primeiro semestre deste ano, houve queda de 1,5% em relação ao mesmo período de 2012. Vale ressaltar que as falências decretadas não refletem a conjuntura, uma vez que muitas decisões judiciais demoram até dois anos.
Nas recuperações judiciais requeridas, 460 no total no primeiro semestre, houve alta de 16,5% em relação ao mesmo período de 2012, em que ocorreram 395 pedidos.
Segundo os economistas da Serasa Experian, as médias e grandes empresas estão mais conservadoras em sua gestão financeira neste 1º semestre. Por esta razão, seus pedidos de falências recuam ante igual período de 2012.
Os motivos para o conservadorismo são a inflação impactando custos, a forte correção do salário mínimo como custo, o calendário de elevação gradual das alíquotas do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), o que reduz os estímulos ao consumo. Além disso, a tímida recuperação da atividade econômica e o aumento dos juros, que encarece o capital de giro também espalham cautela.
No caso das micro e pequenas empresas, que têm aumento das falências requeridas, além dos fatos alinhados, o crédito mais seletivo também não foi favorável.
As recuperações judiciais requeridas continuam crescendo, mostrando que várias empresas têm dificuldades diante do cenário descrito, agravado pela dificuldade de exportar, ainda por causa da crise global, e por conta de parte dos negócios terem se endividado em dólar e agora, frente à valorização da divisa, estão devendo mais em reais.
Esses fatos afetam, principalmente, parte das médias e grandes empresas, que apresenta evolução nas falências decretadas neste 1º semestre frente a igual período de 2012.