Das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), nove registraram queda no preço dos gêneros alimentícios essenciais, em setembro, segundo levantamento divulgado nesta quarta-feira (5).
O custo da cesta na capital gaúcha segue como a mais cara em setembro, vendida a R$ 272,09. Em São Paulo, o valor da cesta ficou em R$ 267,19. Na sequência, aparecem Florianópolis (R$ 260,33), Belo Horizonte (R$ 250,96) e Rio de Janeiro (R$ 250,81). Têm os menores valores: Aracaju (R$ 183,61), João Pessoa (R$ 196,69) e Fortaleza (R$ 203,20).
O que ficou mais caro e mais barato
Segundo a pesquisa do Dieese, o leite ficou mais caro em 15 capitais, com maior taxa vista em Natal (14,93%). Tiveram queda somente Porto Alegre (-1,75%) e Salvador (- 2,94%). "A forte seca, em quase todo país, comprometeu os pastos e, com isso, houve diminuição na produção do leite."
A carne também teve aumento de preço em 13 cidades, com destaque para Goiânia (6,18%). "Assim como a produção leiteira, também a carne foi afetada pelo clima, principalmente pela seca que reduziu as pastagens e, com isso, o abate do gado também foi reduzido."
Já o açúcar subiu de preço em menos capitais: 12. Os maiores preços foram observados no Rio de Janeiro (5,56%), em Porto Alegre (5,48%) e em Florianópolis (5,02%). Por outro lado, houve redução de preços em cinco regiões. "Apesar de a cana estar em plena safra no centro/sul, a falta de chuvas ocasionou a redução do teor de sacarose."
O arroz subiu em dez capitais. A maior alta foi vista em Porto Alegre (11,61%), seguida por Manaus (2,69%).
O tomate ficou mais barato nas17 capitais e as taxas negativas foram maiores em Natal (-29,58%), e João Pessoa (-17,82%); e menores em Salvador (-2,18%) e Manaus (-2,22%). "O principal fator responsável pelo aumento foi a seca, que deixou um volume baixíssimo de água no solo, após frio e geadas."