
A eleição geral de 2026 em Mato Grosso do Sul promete movimentar a cena política estadual e nacional e pode resultar na renovação de pelo menos sete cadeiras na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados, caso deputados estaduais e federais confirmem suas pretensões de disputar cargos majoritários ou outras vagas eletivas.
A movimentação de parlamentares sul‑mato‑grossenses nas prévias de candidaturas já tem reflexos no desenho de quem poderá compor as bancadas no Legislativo a partir de 2027, após posse dos eleitos no pleito marcado para outubro do próximo ano.
Renovações na Câmara Federal
Na esfera federal, as cadeiras atualmente ocupadas por Vander Loubet (PT) e Marcos Pollon (PL) podem ser abertas. Vander tem sua pré‑candidatura ao Senado Federal assegurada pela cúpula do Partido dos Trabalhadores, posição que colocaria em disputa uma das duas vagas que o Estado terá na Casa Alta nas eleições de 2026.
Já Marcos Pollon, parlamentar filiado ao Partido Liberal, tem manifestado interesse em concorrer ao cargo de governador do Mato Grosso do Sul, o que também abriria sua vaga na Câmara. Contudo, a articulação interna no PL — hoje influenciado pelo governador Eduardo Riedel — tende a priorizar alianças em torno da reeleição do chefe do Executivo estadual, o que pode impactar o projeto de Pollon.
Possíveis mudanças na Assembleia Legislativa
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Gerson Claro (PP), também sinaliza intenções de disputar uma vaga no Senado, o que poderia abrir uma cadeira na Alems. Pesquisas locais apontam que ele figura como um dos nomes com destaque nas intenções de voto para o Senado em Mato Grosso do Sul, consolidando sua presença no cenário majoritário do Estado.
Outro parlamentar estadual, João Henrique Catan (PL), também tem foco em um cargo majoritário, com vistas ao governo estadual. A falta de espaço no seu partido para encabeçar chapas competitivas em 2026 poderia levá‑lo a buscar alternativas que impliquem na liberação da sua cadeira na Alems.
Além dessas movimentações, há duas certíssimas renovações de cadeiras na ALEMS: os deputados Mara Caseiro (PSDB) e Neno Razuk (PL) já anunciaram que disputarão vaga na Câmara dos Deputados, abrindo espaço para novos nomes estaduais.
Outra vaga pode surgir a partir da estratégia eleitoral da família Hashioka, da União Brasil. O deputado Roberto Hashioka aguarda a confirmação de sua esposa, Dione Hashioka, para um possível rearranjo entre os papéis que ocuparam nas eleições anteriores, desta vez com Roberto disputando uma vaga federal e Dione buscando uma vaga estadual (o que alteraria a composição das bancadas).
Contexto eleitoral e renovação
Nas eleições de 2026, os eleitores brasileiros escolherão, além de deputados federais e estaduais, dois senadores por Mato Grosso do Sul, nos moldes da regra constitucional de renovação de dois terços da Casa Alta.
No estado, a tendência de renovação legislativa é reforçada por pesquisas que indicam que cerca de 40% dos atuais deputados estaduais e federais podem ser substituídos após o pleito, fruto da disputa por outros cargos ou de resultados nas urnas.
Além disso, o cenário partidário tem se mostrado dinâmico em Mato Grosso do Sul, com legendas como União Brasil e PP estruturando chapas para ampliar sua representação tanto na ALEMS quanto na Câmara dos Deputados, em busca de fortalecer suas bancadas em um contexto de disputa acirrada.
A expectativa sobre o desfecho dessas movimentações começa a ganhar forma à medida que líderes partidários, coligações e pré‑candidatos definem alianças e estratégias eleitorais para competir no pleito de outubro de 2026.