A empresa chilena Arauco anunciou, nesta quinta-feira (22), a captação de US$ 2,2 bilhões para o financiamento do Projeto Sucuriú, que prevê a construção de uma fábrica de celulose de última geração em Inocência, Mato Grosso do Sul. Em comunicado à imprensa, a empresa ressalta que o projeto deve estabelecer um novo marco em eficiência e desempenho ambiental na indústria global de celulose.
O pacote financeiro envolve um empréstimo de US$ 1,25 bilhão co-liderado pelo BID Invest e pela IFC, com participação de oito bancos, além de US$ 970 milhões garantidos pela agência de crédito à exportação Finnvera. O JP Morgan atuou como coordenador global da operação.
Segundo a Arauco, o Brasil é hoje o país mais competitivo na produção de celulose, reunindo condições ideais de manejo florestal sustentável e expansão industrial. A nova unidade terá capacidade para produzir 3,5 milhões de toneladas anuais de celulose kraft branqueada de fibra curta, apoiada por 400 mil hectares de eucalipto de manejo responsável e geração de energia renovável a partir de biomassa.
Foto: Florestas de eucaliptos da Arauco, com manejo responsável ajudarão geração de energia renovável a partir de biomassa. (Divulgação)
A construção deve gerar cerca de 14 mil empregos temporários e, na fase de operação, 6 mil postos permanentes. O empreendimento também produzirá 400 MW de energia renovável, dos quais 45% serão destinados à rede elétrica nacional.
O financiamento conta com a participação de instituições multilaterais, garantindo padrões ambientais e sociais internacionais. O Projeto Sucuriú inclui ações de monitoramento da biodiversidade, uso eficiente da água, manejo florestal responsável e participação das comunidades locais em iniciativas colaborativas.
O plano socioambiental da Arauco ainda destina recursos para áreas como saúde, educação, habitação e conservação ambiental, consolidando o projeto como um marco de desenvolvimento sustentável e geração de valor compartilhado no Mato Grosso do Sul.