Secretário Hélio Daher anuncia conclusão da reforma da Escola José Garcia Leal até início do ano letivo de 2026

A reforma da Escola Estadual José Garcia Leal, que se arrasta há quase três anos em Paranaíba, já tem data para ser concluída: antes do início do próximo ano letivo de 2026.
O secretário estadual de Educação, Hélio Daher, esteve no município neste sábado (5) para uma reunião com alunos, pais, educadores e servidores da escola. Ele assegurou a continuidade das obras após a atuação da bancada federal, que destravou recursos pendentes junto ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

A seguir, os principais trechos da entrevista concedida ao portal durante a visita.

Qual a mensagem que o senhor passou na reunião e já existe uma data prevista para o retorno dos alunos ao prédio original?

“A gente está muito feliz de poder vir aqui em Paranaíba para comunicar, especialmente à comunidade escolar da José Garcia Leal, o andamento da obra e a expectativa de conclusão, que já se arrasta há três anos.
Esperamos concluir até o final ou meio de janeiro. Gostaria muito de começar o ano letivo de 2025 com essa gurizada voltando para o que é de direito deles: uma escola nova.”

Nessa reforma, há alguma novidade ou proposta pedagógica diferente?

“Temos um carinho muito grande por todas as escolas, mas especialmente pela José Garcia Leal, que tem uma história bonita na formação da sociedade de Paranaíba e região.
Era muito comum as pessoas me perguntarem sobre a obra, havia uma torcida grande.
O governo do Estado tem um olhar especial, não só para a reforma, mas para tudo que a acompanha: lousas de vidro, salas climatizadas, miniauditório, nova estrutura de cozinha e equipamentos modernos.
É importante lembrar o apoio da bancada federal — sem ela, não seria possível concluir essa obra neste período. Essa parceria é essencial para entregar uma escola moderna, que faça jus à sociedade de Paranaíba e contribua com a formação da juventude.”

A Secretaria vai acompanhar de perto a execução da obra para evitar novos atrasos?

“É capaz de eu vir aqui toda semana conversar com os pedreiros (risos).
Já avisei à empreiteira: vou acompanhar de perto, colocar câmera na escola para monitorar o ritmo diariamente.
Temos um compromisso com os estudantes, famílias e servidores.
Quero registrar publicamente o quanto os profissionais da escola têm sido pacientes e dedicados, trabalhando mesmo sem condições ideais. Isso mostra o amor à causa da educação.”

Há planos para compensar eventuais prejuízos pedagógicos causados por esse período atípico?

“Temos um programa já instalado na rede que trabalha com recomposição da aprendizagem.
Aprendemos muito com a pandemia, e desde então criamos diagnósticos baseados em possíveis prejuízos de aprendizagem.
Toda vez que detectamos alguma falha, aplicamos protocolos pedagógicos adicionais.
Não será diferente com os alunos da José Garcia Leal.
A regional, sob comando da professora Cidinha, fará essa análise e, se houver necessidade de investimento pedagógico adicional, o Estado vai garantir para que todas as crianças aprendam adequadamente.”

A comunidade apresentou algum pedido específico?

“O primeiro pedido foi claro: pelo amor de Deus, termina essa obra! (risos)
Além disso, pediram melhorias na infraestrutura e manutenção das duas quadras — uma coberta e outra descoberta.
A coberta está sendo totalmente reformada, e já pediram mais uma.
Vamos concluir essa reforma primeiro e, depois, estudar novos investimentos.
Isso é bom, sinal de que a comunidade quer sempre mais pela escola.”

Falando de modo mais amplo, como o senhor avalia o atual cenário da educação em Mato Grosso do Sul?

“Estamos muito felizes com os resultados.
Hoje, somos o segundo estado brasileiro que mais cresce em alfabetização.
Isso é fruto do trabalho conjunto do governo do Estado e dos municípios.
Avançamos muito na educação em tempo integral — 60% da nossa rede já oferece turmas nesse formato, em 100% dos municípios.
Também ampliamos o ensino profissional: começamos 2023 com 7 mil alunos e hoje são 42 mil — um número superior à média europeia de educação profissional.”

Como ocorre a transformação do ensino para o ambiente digital?

“A educação precisa se modernizar sempre.
Estamos falando de inteligência artificial, conectividade e inovação.
Para isso, investimos em infraestrutura e tecnologia: fibra óptica em todas as escolas estaduais e antenas Starlink onde não há conexão.
Entregamos lousas digitais, kits de robótica e Chromebooks.
Queremos preparar nossos jovens para o futuro.”