A baixa umidade do ar e o tempo mais quente fizeram aumentar os focos de incêndio em várias regiões do Estado nesse período do ano, mas o número poderia ser maior sem o trabalho preventivo realizado pelo Corpo de Bombeiros. O comandante-geral da corporação, coronel Ociel Ortiz Elias, atribui às ações de prevenção a ocorrência menor em relação a períodos em que a quantidade de queimadas foi mais preocupante.
“Nossa situação ainda não é tão ruim em relação a outros lugares, e acredito que isso se deve ao trabalho preventivo”, diz o comandante, destacando especialmente a ação de capacitação de trabalhadores e moradores de zonas rurais e de regiões com plantio de florestas.
Em diversas dessas localidades, funcionários de fazendas ou de empresas de reflorestamento têm sido capacitados para evitar incêndios e para tomar medidas corretas ao primeiro sinal de fogo. Os anos de 1999 e 2005 foram os mais críticos para Mato Grosso do Sul, registrando em torno de seis mil focos de incêndio. Números levantados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) apontam em 2010 a ocorrência de 1.104 incêndios.
Em Água Clara e Ribas do Rio Pardo, municípios com grande montante de eucalipto e pinus plantados, por exemplo, há tempos não se registra incêndio. “Lá existe uma brigada permanente, e grupos que atuam em áreas distintas. São pessoas que passaram por capacitação para fazer esse trabalho de prevenção”, cita o comandante.
Mais à Leste, em Três Lagoas, também houve preparo específico para formar brigadistas capazes de serem agentes de prevenção a incêndio. Na região, também é grande a expansão de florestas plantadas. De acordo com o coronel Ociel Elias, duas equipes de sessenta trabalhadores do setor florestal foram capacitadas no município.