As escolas localizadas em áreas que não foram afetadas pelo terremoto do último dia 12 no Haiti reabrirão na segunda-feira (1º) e autoridades buscam formas de colocar todos os alunos de volta à sala de aula, disse o Ministério da Educação haitiano.
O terremoto de magnitude 7 devastou ao menos quatro cidades do país, segundo avaliação da ONU (Organização das Nações Unidas).
Além da capital Porto Príncipe, as cidades de Gressier, Carrefour e Leogane foram devastadas pelo tremor.
O ministro da Saúde haitiano estimou no último dia 15 que três quartos da capital terão que ser reconstruídos como resultado dos danos provocados pelo terremoto.
A equipe da ONU que visitou Leogane, uma cidade de 134 mil habitantes, afirmou que esta é a zona mais afetada, com 80 a 90% dos edifícios danificados.
Funcionários da ONU também visitaram as cidades de Gressier, com 25 mil habitantes, e Carrefour, com 334 mil habitantes, ao oeste da capital Porto Príncipe. Eles calcularam que a destruição nestas localidades foi de 40% a 50%.
Autoridades do setor de educação do Haiti e grupos de ajuda iniciarão uma rápida avaliação das escolas públicas e privadas na capital, Porto Príncipe, e em outras cidades nas áreas mais atingidas pelo terremoto ou que receberam muitos refugiados.
O Haiti já não tinha um sistema educacional eficiente antes da tragédia. Somente 53% da população de 9 milhões de pessoas sabe ler e escrever.
Tragédia
O terremoto aconteceu às 16h53 do último dia 12 (19h53 no horário de Brasília) e teve epicentro a 15 quilômetros de Porto Príncipe, que ficou virtualmente devastada. O Palácio Nacional e a maioria dos prédios oficiais desabaram. O mesmo aconteceu na sede da Minustah, missão de paz da ONU, liderada militarmente pelo Brasil.
Ainda não há um dado preciso do total de mortos. O balanço das Nações Unidas divulgado nesta segunda-feira indica um total de 112.250 mortos e outros 194 mil feridos. Já o governo haitiano confirmou neste domingo que o número de mortos no país já atingiu 150 mil somente na região metropolitana de Porto Príncipe.
Entre os brasileiros, 21 morreram, sendo 18 militares e três civis –a brasileira Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança, o chefe-adjunto civil da missão da ONU no Haiti, Luiz Carlos da Costa, e uma brasileira com dupla-cidadania europeia que não teve a identidade divulgada a pedido da família.