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Clonagem de cartões dribla o chip

A trilha magnética pode ser copiada com o uso de um coletor, apelidado de chupa-cabra

Nem a tecnologia do chip, que avança rapidamente no Brasil, é capaz de coibir de vez o roubo de dados e o uso indevido de cartões de crédito. Os cartões emitidos no país têm trilha magnética — é o que basta para que as compras e saques fraudulentos migrem para outros mercados que não usam chip, mas leem as trilhas.

A trilha magnética pode ser copiada com o uso de um coletor, apelidado de chupa-cabra, e impressas num plástico clone, que depois será usado para transações na Argentina, Uruguai ou EUA. As fraudes também passaram a visar os cartões com limites mais baixos que normalmente são os últimos a serem dotados de chip. “Quando as quadrilhas percebem que o chip ganhou escala em um banco, migram para outro menos adiantado no processo, diz Eduardo Daghum, sócio-diretor da Horus, consultoria especializada em prevenção a fraudes.

O kit para fraudes é oferecido até pela internet. Um deles, com coletor de dados, gravador e 100 cartões virgens, custa R$ 2 mil. Acompanham os aparelhos CD de instalação, manual em português, vídeo-aula e dicas e truques para se trabalhar “com segurança”.