Às vésperas da Páscoa cristã, Israel promoveu ontem (1º) o maior bombardeio à Faixa de Gaza desde janeiro de 2009. Aviões israelenses realizaram uma série de ataques contra a região na noite desta quinta-feira. Quatro dos ataques foram contra a cidade de Khan Younis, onde dois soldados israelenses morreram na semana passada em confronto com militantes palestinos. As informações são da BBC Brasil.
Os demais ataques atingiram alvos múltiplos nas cidades de Gaza e Rafah. Segundo informações de autoridades palestinas, houve pelo menos 13 ataques no total. De acordo com o Exército israelense, os bombardeios foram uma represália ao lançamento de um foguete palestino contra a cidade israelense de Ashkelon, na última quinta-feira (31), que atingiu fábricas e depósitos de armamentos.
Segundo o Hamas, que controla a Faixa de Gaza, delegacias de polícia e centros de treinamento estão entre os alvos dos ataques. De acordo com o grupo, a ofensiva atingiu ainda fazendas e prédios do Hamas na região. Autoridades palestinas também afirmaram que uma fábrica de laticínios foi atingida pelos bombardeios israelenses e que três crianças, com idades entre 2 e 11 anos, ficaram levemente feridas por estilhaços.
O Exército israelense informou que “não vai tolerar qualquer tentativa de ferir os cidadãos do Estado de Israel e os soldados das Forças de Defesa e continuará a agir de maneira forte e determinada contra qualquer elemento que utilize o terror contra o Estado de Israel”.
Na última quinta feira (31), um foguete lançado a partir da Faixa de Gaza atingiu a área da cidade de Ashkelon, sem deixar feridos ou danos materiais. Um morador de Gaza disse que soldados israelenses distribuíram folhetos antes dos ataques aéreos, alertando os palestinos de que haveria retaliação pelas mortes dos militares em Khan Younis.
As tensões aumentaram na região no mês passado após o anúncio do governo israelense sobre o plano para construção de 1,6 mil casas em Jerusalém oriental – onde os palestinos pretendem fundar a capital do seu futuro Estado. O primeiro-ministro palestino, Salam Fayyad, afirmou, em entrevista ao jornal israelense Haaretz, que os palestinos vão declarar um Estado Palestino “independente e soberano” em 2011.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve na região no mês passado e se colocou à disposição para negociar a paz. Para o governo brasileiro, é direito dos palestinos ter um Estado independente.