Cerca de vinte profissionais de agrárias recebem nesta semana capacitação para a recuperação de pastagens na região do Bolsão. O curso, ministrado pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), acontece no Sindicato Rural de Paranaíba até a próxima sexta-feira.
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O objetivo curso é levar ao conhecimento dos profissionais técnicas e tecnologias que revertem quadros críticos de degradação em áreas de pastagens. Entre os profissionais, estão técnicos de Três Lagoas, Aparecida do Taboado, Cassilândia e Paranaíba.
Só para ter uma ideia, de acordo com um estudo feito pela Aprosoja/MS (Associação de Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul), 78% da área rural em Paranaíba é destinada à pastagem. Desses, pelo menos 90% são áreas degradas.
Segundo um dos coordenadores do curso e instrutor da Embrapa, Roberto Giolo, a grade de programação do curso inclui todos os processos necessários para recuperação de uma determinada área. “Incluímos no roteiro aulas que mostram desde a forma de identificação de uma área e o nível de degradação até a execução do plano de recuperação”, explicou.
Pelo menos cincos instrutores da Embrapa participarão da programação para a apresentação dos temas. Ontem foi a vez do instrutor, Rodrigo Amorim, que abordou assuntos relacionados ao manejo de pastagem, com foco na utilização dos pastos. Segundo Rodrigo, pela manhã foiilustrado aos alunos a influência de fatores climáticos no desenvolvimento de plantas forrageiras. “A seca que estamos vivendo é um desses fatores que podem modificar completamente os métodos utilizados”, falou.
Outra questão importante a ser discutido durante o curso é o uso de novas tecnologias que podem ajudar na recuperação das áreas degradas. Segundo Rodrigo, o uso correto das tecnologias desenvolvidas para o campo possibilita a reversão de estado de degradação de uma área, impedindo inclusive uma nova ocorrência na mesma área. “Todas as tecnologias utilizadas hoje para recuperação de pastagens serão apresentadas aos técnicos durante a programação do curso”, frisou.
Nesta quarta-feira o grupo terá aulas de campo, com visitas a duas fazendas no município de Paranaíba, onde executarão a primeira parte de um diagnostico de área degradada identificando problemas a serem solucionados. “Lá eles vão colocar em prática tudo o que aprenderam nos dois primeiros dias de curso”, afirmou Roberto.
No período da tarde, o grupo retorna para o Sindicato Rural de Paranaíba para estudos de casos com informações reais colhidas nas fazendas visitadas. “Será um estudo de caso real, por onde começarão o plano de recuperação de área degradada”, completou o coordenador do curso.
