Pela segunda vez seguida, em pouco mais de um mês, uma audiência do processo que apura o sumiço de parte da renda de um jogo entre o Misto EC, de Três Lagoas, e o Corinthians, disputado em Campo Grande pela Copa do Brasil, em abril de 2009, não foi realizada. Desta vez, o advogado Tiago Martinho, contratado pelo presidente do clube três-lagoense, Jamiro Rodrigues de Oliveira, não foi ao fórum da cidade porque teria sofrido um acidente de trânsito.
Na audiência anterior, em outubro, a Justiça não havia conseguido notificar o ex-gerente de marketing do clube, Sebastião Rodrigues Neto, atual assessor de Comunicação da Prefeitura de Três Lagoas, que aparece como testemunha no processo.
O juiz Ronaldo Gonçalves, da 2ª Vara Criminal, determinou a remarcação da audiência para 1º de dezembro.
No caso, Jamiro deve esclarecer porque a renda de R$ 198 mil, recebida da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul, não entrou no caixa do Misto. A declaração da parte entregue ao clube de Três Lagoas, segundo dados da época, era de R$ 135 mil – valor que Jamiro Rodrigues afirma ter tomado conhecimento por meio de Sebastião e de Silvio Rodrigues de Oliveira, membros da diretoria do Misto à época. A um jornal de Campo Grande, a dupla negou a acusação, uma semana depois do jogo.
A renda total da partida foi de R$ 423 mil. Deste valor, R$ 110 mil foram usados para cobrir despesas, inclusive com o estádio da capital sul-matogrossense. Na quinzena anterior à partida, o Misto obteve contratos de patrocinadores, apoio financeiro de empresários e de torcedores para bancar o custo da partida e prêmios aos jogadores.