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Três Lagoas

Cidade registrou 236 queimadas em 2015

Corpo de Bombeiros quer unir esforços com prefeitura e Ministério Público para reduzir índices de incêndios em Três Lagoas

Maioria dos incêndios registrados em vegetação está concentrada no perímetro urbano, em terrenos - Arquivo/JP
Maioria dos incêndios registrados em vegetação está concentrada no perímetro urbano, em terrenos - Arquivo/JP

O Corpo de Bombeiros de Três Lagoas pretende unir forças com órgãos ambientais, incluindo Secretaria Municipal de Meio Ambiente, e o Ministério Público Estadual para reduzir o índice de queimadas no perímetro urbano neste ano.
Embora esteja em período chuvoso, no momento, a ideia é preparar uma ação para combater o aumento desse crime ambiental no período de estiagem. De acordo com o major do Corpo de Bombeiros, Leandro Mota de Arruda, a iniciativa deve-se ao aumento considerável nos casos de incêndios em vegetação – que inclui terrenos baldios – registrado no ano passado.
Em 2015, foram registrados  236 casos de incêndios em vegetação – a maioria em terrenos baldios. O índice quase triplicou em comparação ao ano anterior,  quando foram registrados 74 incêndios em vegetação. “Embora esteja chuvoso agora, em 2015, fez muito calor e tivemos um longo período de estiagem, o que contribuiu para o aumento das queimadas”, destacou.
O número de incêndios registrados em 2014 equivale a quase o total registrado somente no mês de agosto do ano passado, quando os bombeiros receberam 80 chamadas de incêndios em vegetação.
No ano passado, os bombeiros atenderam todas as chamadas de incêndios em vegetação, ao contrário dos anos anteriores, quando somente casos que ofereciam riscos eram atendidos. O objetivo foi o de coletar dados para traçar futuros planos de prevenção. “Em 2015, mudamos um pouco a forma de trabalhar. Com isso, sempre que as equipes tinham condições, elas atendiam a ocorrência, indo ao local e identificando o endereço. Isso foi feito já para levantar dados para os órgãos competentes”, explicou o oficial. 
Segundo Arruda, a maior  parte dos incêndios é intencional e visa acabar com o mato ou lixo encontrado em terreno baldio. O fogo, muitas vezes, é ateado por vizinhos do local abandonado, o que, no entanto, não exime o proprietário do local. “O dono do terreno é responsável por manter o local limpo e murado. Por isso, vamos pedir apoio da prefeitura e também do MPE para tentar reduzir esses índices”.
Além de prejudicar a qualidade do ar, quando não colocar em risco a segurança de quem mora no entorno, a prática de queimadas também gera custo ao mobilizar as equipes de resgate dos Bombeiros.