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Três Lagoas

Clientes enfrentam filas enormes nos bancos de Três Lagoas

A paralisação dos vigilantes é o principal motivo das longas filas

Clientes exercitaram a paciência na espera para serem atendidos nos bancos -
Clientes exercitaram a paciência na espera para serem atendidos nos bancos -

Longas filas formaram-se nas portas dos bancos de Três Lagoas, na manhã de ontem. Antes das 10h, horário de abertura das agências bancárias, muitos clientes já aguardavam do lado de fora. Os vigilantes entraram em greve no dia 1º e suspenderam a paralisação na terça-feira, com ultimato para retomada das negociações na sexta-feira. O TRT, em liminar, determinou o retorno ao trabalho de 20% dos vigilantes e estabeleceu multa de R$ 20 mil por desobediência. A categoria ameaça paralisar após o feriado de Carnaval, caso as negociações não evoluam.

Para ser o primeiro da fila, o ajudante Anderson Oliveira Rocha chegou ao banco Itaú às 7h23. “Isso aqui está um tumulto. Acredito que vou perder o dia de trabalho para pagar meus boletos”, informou.


Como Rocha, o mecânico Josival Correia Guedes também chegou com antecedência à porta da agência. Por volta das 8h, ele já estava lá. Ele conta que entra no serviço às 12h, por isso, resolveu ir bem cedo para o banco. “Eu tinha certeza de que as agências estariam lotadas”. E continuou: “os bancos deveriam trabalhar em horário comercial para facilitar a vida dos clientes trabalhadores”, disse.


Esse tumulto descrito por Rocha e Guedes é o saldo da greve de três dias dos vigilantes. A categoria luta para que os empregadores cumpram a lei 12.740/2012, que dispõe o adicional de periculosidade de 30% para os agentes.


A paralisação atrapalhou muito a vida da desempregada Anne Carolina da Cruz de Carvalho. Desde a última sexta-feira, ela tenta sem sucesso receber o fundo de garantia na Caixa Econômica Federal. Portanto, ontem, enfrentou uma grande fila para fazer o saque.


O montador de andaime, Lucas Souto da Rocha, não conseguiu quitar seus boletos no período de greve dos vigilantes. Ontem, ele perdeu boa parte do seu dia de folga para pagar as dívidas.


Na opinião da operadora assistente, Thalita Peretto, recém-chegada a Três Lagoas, independentemente da greve dos agentes, o atendimento dos bancos na cidade é sempre ruim. Moradora do interior de São Paulo, ela tem estranhado a prestação de serviço oferecida aos clientes. “A população cresceu e as agências não acompanharam o progresso”, frisou.