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Três Lagoas

Clínica de reabilitação está fechada há quase um ano

Problemas burocráticos já custaram à Apae o total de 22 mil em gastos com aluguel

Inaugurada em junho do ano passado, a Clínica de Atendimento Ambulatorial e Reabilitação da Apae (CAARA) ainda não entrou em funcionamento em Três Lagoas por problemas burocráticos.  E mesmo fechada, a entidade já pagou R$ 22 mil de aluguel do prédio, localizado na avenida Filinto Müller, Centro. O imóvel está alugado desde maio de 2011 e custa à Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) R$ 2 mil por mês.

Segundo o diretor da instituição, Adão José Alves, a clínica ainda não entrou em funcionamento por falta de autorização do Ministério da Saúde para a habilitação do serviço. O atraso para esse procedimento começou por conta da demora do ex-secretário de Saúde, Sérgio Jeremias, em enviar a documentação para o governo do Estado.

Em junho do ano passado, a Secretaria Municipal de Saúde fez o encaminhamento para o governo estadual, o qual reencaminhou para Brasília. Entretanto, o documento foi extraviado. A Secretaria Estadual de Saúde enviou a documentação novamente e, agora, conforme o diretor da Apae, a entidade aguarda a autorização do governo federal, a qual é fundamental para que a unidade possa receber os recursos necessários para manter o local em funcionamento. O repasse seria utilizado para a manutenção, pagamento da equipe, que será composta por 15 profissionais, entre eles, fonoaudiólogo, psicólogo, fisioterapeuta e médico.

Além de não ter condições de arcar com as despesas, o diretor afirmou que não é permitido a Apae manter o local com recursos da entidade. “Inicialmente, o Ministério deve repassar R$ 25 mil por mês, mas conforme o aumento de demanda no atendimento, aumenta também o repasse”, frisou.

AGILIDADE
Adão informou que tem entrado em contato com algumas autoridades na tentativa de que a clínica seja habilitada, mas até hoje não obteve uma resposta positiva. “Vou ligar novamente no Ministério [da Saúde] a fim de tentar resolver esse problema”, salientou.

Ainda de acordo com o diretor, essa clínica é de extrema necessidade, já que atenderá, não apenas os alunos da Apae, mas toda comunidade de Três Lagoas e região que necessitar do atendimento. O encaminhamento será feito através dos médicos do SUS.

CLÍNICA
A reforma do prédio para abrigar a clínica foi orçada em R$ 155 mil, sendo que o governo do Estado investiu R$ 52 mil na aquisição dos aparelhos para o centro que servirá de referência no tratamento de pessoas com deficiência e na recuperação de acidentados.

O valor gasto pela Apae com a reforma é abatido no preço do aluguel do prédio que custaria de R$ 5 a R$ 7 mil. Por isso, o valor pago atualmente é de R$ 2 mil.