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Eldorado Brasil firma novo termo de compensação ambiental para expansão da fábrica em Três Lagoas

Termo de R$ 13,3 milhões garante atualização de licença ambiental da expansão da Eldorado em Três Lagoas

A expectativa agora é que, com o fim do entrave jurídico e as atualizações no licenciamento ambiental, a Eldorado possa finalmente tirar do papel a tão aguardada expansão da fábrica - Foto: Arquivo
A expectativa agora é que, com o fim do entrave jurídico e as atualizações no licenciamento ambiental, a Eldorado possa finalmente tirar do papel a tão aguardada expansão da fábrica - Foto: Arquivo

A Eldorado Brasil Celulose S.A. firmou um Termo de Compromisso de Compensação Ambiental com o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), como parte do processo de ampliação da capacidade produtiva da fábrica localizada em Três Lagoas. O extrato do acordo foi publicado na edição do Diário Oficial Eletrônico do Estado desta segunda-feira, 23 de junho de 2025.

O termo está vinculado à atualização do licenciamento ambiental da Linha 2 da unidade industrial, cuja capacidade anual passará de 2,3 milhões para 2,6 milhões de toneladas secas ao ar (ADtB/a) de celulose Kraft branqueada. O valor da compensação ambiental foi fixado em R$ 13,3 milhões, o equivalente a 256.064,69 UFERMS, com base na cotação da unidade de março deste ano (R$ 51,94).

De acordo com o Imasul, os ajustes no projeto da Linha 2 são necessários para manter a validade das licenças ambientais já concedidas. Como o licenciamento foi feito há bastante tempo, a Eldorado está atualizando os documentos e realizando adaptações na capacidade de produção, uma prática semelhante à da Petrobras Fertilizantes, que também busca preservar autorizações anteriormente emitidas. Ainda não há previsão oficial sobre o início das obras da ampliação.

A fábrica de Três Lagoas tem licenciamento ambiental para esse projeto de expansão desde 2014, quando obteve autorização após a realização de Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), elaborados pela consultoria multinacional finlandesa Pöyry. A licença de instalação concedida naquela época permitia à Eldorado aumentar sua produção de 1,5 milhão para 4 milhões de toneladas de celulose branqueada por ano.

Denominado de Projeto Vanguarda 2.0, o plano de construção da segunda linha de produção está pronto há cerca de dez anos, mas sua execução foi travada por uma longa disputa judicial entre a J&F Investimentos, então controladora da Eldorado, e a multinacional asiática Paper Excellence, que havia firmado contrato de compra da empresa em 2017 por R$ 15 bilhões.

Esse impasse chegou ao fim no mês passado, quando a J&F anunciou a aquisição dos 49,41% de participação da Paper Excellence na Eldorado, em uma operação de US$ 2,64 bilhões (cerca de R$ 15 bilhões) pagos à vista. Com isso, os irmãos Batista assumiram o controle integral da empresa, encerrando os litígios judiciais e arbitrais no Brasil e no exterior.

A expectativa agora é que, com o fim do entrave jurídico e as atualizações no licenciamento ambiental, a Eldorado possa finalmente tirar do papel a tão aguardada expansão da fábrica em Três Lagoas, consolidando o município como um dos maiores polos de produção de celulose do país.

O novo termo de compensação firmado com o Imasul tem vigência de 24 meses e destinará os recursos à gestão ambiental, conforme as diretrizes legais do estado.