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Três Lagoas

Estabelecimento Penal Feminino já conta com berçário

Com estrutura completa, o espaço dispõe de um dormitório contendo três berços, uma cômoda/roupeiro

Berçário tem capacidade para cinco bebês -
Berçário tem capacidade para cinco bebês -

As gestantes do Estabelecimento Penal Feminino de Três Lagoas (EPFTL) já contam com berçário para atender aos filhos enquanto eles permanecerem na unidade penal. O espaço foi inaugurado na manhã de ontem, na presença de autoridades municipais e estaduais.

Com estrutura completa, o espaço dispõe de um dormitório contendo três berços, uma cômoda/roupeiro, um umidificador de ar, ar condicionado, dois carrinhos de bebê, uma cadeira “bebê conforto” para amamentação, cesto para roupas sujas, lixeira com pedal, além de fraldas, roupinhas, dentre outros itens.

Há ainda uma varanda cercada de grades com dois ambientes, um que servirá como área de lazer para refeições, duas cadeiras infantis para refeições e duas mesas com cadeiras plásticas e, outro ambiente onde está a cozinha contendo liquidificador, geladeira duplex, pia, fogão, forno micro-ondas, armário e diversos utensílios.

De acordo com a oficial penitenciária, Vânia da Silva Dias, os móveis e todo o material utilizado na reforma do espaço foi doado pelo Conselho da Comunidade de Três Lagoas.

A oficial informa que, os berços devem atender até cinco crianças recém-nascidas, embora há vários colchonetes para acomodar aqueles maiores.

Os bebês ainda contam com atendimento de enfermeira e pediatra e terão profissionais cuidando deles enquanto as mães estão trabalhando.“Temos três empresas no interior da unidade prisional e, nosso objetivo é disponibilizar vaga para essas mães. Enquanto elas trabalham, os filhos ficam no berçário. As mães deixam o trabalho apenas durante as mamadas e, à noite mãe e filhos dormem juntos em uma cela reservada apenas para elas”, explica Vânia.

Na unidade penal há duas custodiadas, sendo uma com cinco meses de gestação e outras que teve a gravidez confirmada recentemente.

Para o diretor-presidente da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) do Mato Grosso do Sul, coronel da Polícia Militar, DeusdeteOliveira, o berçário é a melhor forma de proporcionar humanização e dignidade às mães e principalmente seus filhos.

“A preocupação do Estado e da União é que as pessoas tenham tratamento digno e, pretendemos reproduzir isto em outros presídios”, cita o diretor-presidente que lembra que a Lei diz que os filhos de detentaspodem ficar até dois anos de idade no berçário de presídios, embora ele defenda que o ambiente não seja bom para crianças.

Sobre a quantidade de berços (três), Deusdete também comenta que, num primeiro momento é suficiente, embora há intenção de ampliar o atendimento.

Conforme a diretora do presídio feminino, Leonice Miranda Rocha Garini, o berçário proporcionará aos filhos uma convivência maior com a mãe, principalmente enquanto está na fase de amamentação.

A secretária Municipal de Assistência Social, Maria Lúcia Firmino, que participou do ato, afirma que coloca a pasta à disposição, para doação de kits contendo: banheira, sabonete, pacote de fraldas e diversas roupinhas para recém-nascidos.

Além do diretor-presidente da Agepen e da Secretaria de Assistência Social, também estavam na solenidade representantes do Conselho da Comunidade, da Promotoria de Execução Penal, do Cras Interlagos e diretores de presídios.
No Estabelecimento Penal Feminino há, hoje, 108 presidiárias.