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Sem Notas Fiscais

Fiscalização fecha loja de ‘sacoleiros’

Prefeitura de Três Lagoas diz que empresa seria como “feirinha do Brás”; comerciante afirma que possui nota fiscal de mercadorias

Prédio que seria usado para funcionamento da empresa foi lacrado por fiscais ontem à tarde - Edis Carlos/JP
Prédio que seria usado para funcionamento da empresa foi lacrado por fiscais ontem à tarde - Edis Carlos/JP

Fiscais da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Três Lagoas lacraram, ontem à tarde, um prédio onde funcionaria uma loja de artigos de vestuário, brinquedos e utensílios domésticos, no bairro Parque São Carlos, zona Sul da cidade. Há suspeita, segundo a pasta, de que o local serviria para abrigar uma feira de sacoleiros, aos moldes da “feirinha do Brás”, realizada no bairro do mesmo nome, na capital paulista.

No local, segundo fiscais, havia mercadorias que poderiam chegar ao valor de R$ 1 milhão  sem notas fiscais e sem recolhimento de impostos. O secretário da pasta, André Milton, disse que serão necessários “de dois a três dias de trabalho intenso” para a verificação de todas as mercadorias”. 

A suspeita de que o local não seria usado como “uma loja comum” foi levantada inicialmente por comerciantes da cidade, que levaram o caso à secretaria, com pedido de providências, no início de outubro. Tudo estaria preparado para uma temporada de funcionamento durante a semana, para aproveitamento do Dia das Crianças, comemorado na quarta-feira, dia 12. 
“Não podemos deixar que a atividade comercial, ou qualquer outra, seja desempenhada fora da legislação. É necessário haver o controle [da atividade] porque o Brasil está de olhos abertos para Três Lagoas, devido ao desenvolvimento da cidade”, observou André Milton sobre a vinda de comerciantes de outras regiões para a cidade. 

O fechamento da empresa também é baseado na falta de alvará de funcionamento, negado pela prefeitura e que não obteve autorização judicial em duas tentativas, no início de outubro. 
O comerciante Adilson Cardoso negou as acusações. “Como seria uma feirinha se o meu filho, que é dono da loja, alugou o prédio por três anos? Não entendo por que não estão nos deixando trabalhar”, afirmou. Cardoso disse que manterá o caso na Justiça para abrir a loja.