Três grandes obras em execução com recursos do governo federal em Três Lagoas estão paradas há mais de um ano. E, todas de extrema importância para o desenvolvimento do município e da região. Além dessas três, mais duas que serão executadas, uma com recursos do governo estadual e a outra com verba do governo federal, previstas para terem começado no ano passado, ainda nem saíram do papel.
No próximo mês de abril, completará dois anos que as obras do contorno ferroviário de Três Lagoas, estão paradas. Depois de várias datas anunciadas para a retomada das obras, a última divulgada era de que os serviços seriam retomados nesse mês de março. Entretanto, o mês praticamente acabou e, nenhuma sinalização de que as obras serão retomadas. A Secretaria Estadual de Obras e Serviços Públicos informou que está no aguardo do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit) autorizar a Agência Estadual de Empreendimentos (Agesul) retomar as obras, que foram iniciadas em 2010.
Em 2012, as obras foram paradas por falta dos trilhos e demais acessórios necessários para a conclusão dos serviços. Em julho do ano passado, o material foi entregue em Três Lagoas. Apesar disso, até hoje as obras não foram retomadas. No começo desse ano, o secretário estadual de Obras, o deputado federal licenciado, Edson Giroto, culpou a troca no comando do Dnit nacional pelo atraso nas obras.
O Dnit, por sua vez, havia informado que as obras do contorno ferroviário estavam paradasporque aguardava a aprovação da segunda revisão doprojeto em fase de obras. E, que já havia emitido um parecer técnico solicitando alterações e esclarecimentos sobre o primeiro relatório enviado a Agesul. Depois disso, no final de janeiro desse ano, o diretor geral do Dnit, general Jorge Ernesto Pinto Fraxe, garantiu ao secretário Edson Giroto e ao deputado estadual, Eduardo Rocha, que as obras do contorno ferroviário seriam retomadas até o final de março. Mas, até ontem à tarde, ninguém tinha recebido nenhum comunicado da retomada dessa obra, que é de extrema importância para a cidade, já que vai possibilitar a retirada dos trilhos do perímetro urbano.
IFMS
Outra obra de responsabilidade do governo federal e que, apesar de pronta, mas que até hoje não entrou em funcionamento em Três Lagoas, é a do Instituto Federal do Mato Grosso do Sul (IFMS). As obras do instituto foram iniciadas em janeiro de 2010 e, apesar de pronta há vários meses, até agora não entrou em funcionamento.
Depois de algumas datas anunciadas, o prédio continua sem previsão para inauguração. Enquanto o prédio próprio do IFMS não é entregue, as aulas oferecidas pelo instituto são realizadas provisoriamente em salas alugadas. O prédio próprio do IFMS está localizado na rua Antônio Estevão Leal, no Jardim das Paineiras, e foi construído em uma área de 49.870 m², doada pela prefeitura.
RODOVIA
As obras de recuperação e melhorias na BR-262, que liga Três Lagoas a Campo Grande, também estão paradas. Depois de um bom tempo de espera as obras deimplantação de terceiras faixas e acostamento em todo o seu percurso e recapeamento do asfalto em determinados trechos,foram iniciadas no final de 2012. Entretanto, desde maio do ano passado, as obras foram interrompidas, sob a alegaçãopela empresa vencedora da licitaçãode que seria necessário um ajuste no projeto.
HOSPITAL E FACULDADE
Já a obra do prédio da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, que será construído no campus II de Três Lagoas, ainda não saiu do papel. As obras estavam previstas para começar em julho de 2013. Entretanto, apenas em outubro do ano passado, é que foi definida a empresa vencedora da licitação que irá construir o prédio da faculdade, com recursos do governo federal. Essa obra estavaprevista para ser iniciada em janeiro desse ano, mas até ontem, não havia começado. O curso de medicina, no entanto, está previsto para começar em julho desse ano. Entretanto, foi anunciado que as aulas serão ministradas nas salas de aulas e laboratórios do campus II da UFMS.
As obras do Hospital Regional que serão construídas com recursos do governo do Estado, também não foram iniciadas. O processo licitatório foi aberto, porém nenhuma empresa se interessou em construí-lo porque o custo orçado em R$ 41 milhões foi considerado bem abaixo do custo real da obra. Embora, seis empresas tenham retirado o edital de licitação nenhuma compareceu ao certame.