Um homem de 39 anos, que não teve seu nome revelado, procurou a polícia na tarde da última quinta-feira para registrar uma denúncia de um golpe que lhe custou cerca de R$ 350,00 em dinheiro.
De acordo com relatos da vítima, ele teria recebido uma ligação em seu celular, de uma pessoa alegando ser um primo que mora na cidade de São Paulo e estaria vindo para Três Lagoas lhe visitar. No entanto, alegou ter tido problemas mecânicos em seu carro e que precisava de dinheiro para realizar o conserto. Sem desconfiar que tudo não passava de um golpe, a vítima acabou depositando R$ 150,00 na conta indicada pelo suposto primo.
Minutos depois de efetuar a transferência bancária, a vítima recebeu uma nova ligação, onde o golpista dizia que o dinheiro não foi suficiente e precisaria de mais R$ 150,00.
Novamente o homem foi ao banco e, atendendo ao pedido, depositou mais dinheiro. Antes disso, ele já havia pagado duas recargas para o celular do suposto primo, que dizia precisar de créditos para avisar os demais parentes sobre o imprevisto na viagem. O primeiro depósito foi de R$ 30,00 e depois outro de R$ 14,00.
Após colocar os créditos a vítima ligou novamente para o suposto primo, que disse já estar chegando a Três Lagoas. Algumas horas se passaram e o golpista não fez mais contato, foi então que os outros familiares resolveram ligar para a casa do primo paulista. Para a surpresa da vítima, o parente dele não havia saído de São Paulo, nem tão pouco tinha programado viagem ao Mato Grosso do Sul.
Ao perceber que havia caído no golpe de um estelionatário, a vítima procurou a Delegacia da Polícia Civil para registrar a ocorrência e passou os números de telefone para os quais ele colocou créditos, além da conta bancária onde o dinheiro foi depositado.
De acordo com o delegado da 1º Delegacia de Polícia, Paulo Rosseto, os casos de estelionato vêm crescendo em Três Lagoas, só neste ano já foram 36 registros. O telefone é um meio muito usado para tentar aplicar os golpes. “Pelo menos 20% das ocorrências são provenientes de ligações telefônicas. Existem épocas do ano, que estes números crescem mais, por conta do sistema usado pelos estelionatários para tentar a extorsão”, explicou o delegado.
Rosseto explicou que as quadrilhas especializadas neste tipo de crime focam em uma determinada cidade para depois, quando encerradas as tentativas, tentarem em outra região.
O delegado orientou sobre os casos frequentes. “As pessoas não podem se desesperar. É necessário manter a calma e procurar confirmar se está, de fato, falando com algum parente. Os estelionatários normalmente não têm informações sobre nomes e características dos familiares.
Eles vão arriscando e, quando dá certo, fazem de tudo para que a pessoa pense que se trata mesmo de um parente, as pessoas precisam ficar atentas”, alertou Rosseto. Todos os casos, informou a polícia, também precisam ser levados ao conhecimento da polícia.