
A família do pequeno Matteo, de apenas dois anos, iniciou uma vaquinha online para arrecadar R$ 25 mil e custear uma cirurgia robótica de alta complexidade. O procedimento, que não é coberto pelo convênio médico, está agendado para 15 ou 16 de dezembro.
Segundo a mãe, Sharon Sthephane, o menino enfrenta um quadro delicado. Matteo nasceu com uma anomalia retal, sem abertura anal, e já passou por três cirurgias, incluindo colostomia. Recentemente, exames identificaram um cisto na vesícula seminal esquerda, que teria origem congênita.
“Ele já vinha com uma bagagem. Nasceu sem o furinho do bumbum, passou por colostomia, três cirurgias, e agora descobrimos esse cisto. O médico acredita que ele já nasceu com isso, mas só agora se desenvolveu e apareceu”, explicou Sharon.
A família optou pela técnica robótica após orientação médica. A cirurgia convencional exigiria um corte extenso em uma região de difícil acesso, aumentando o tempo de recuperação e os riscos de infecção.
“A robótica é minimamente invasiva. A convencional seria muito longa e muito agressiva para um bebê de dois anos. A recuperação com a robótica deve levar cerca de cinco dias”, relatou Sharon.
A descoberta do cisto veio após Matteo apresentar obstrução intestinal, deixando de evacuar sozinho. Desde então, a família segue uma rotina intensa de cuidados diários.
“Ele toma laxantes todos os dias e precisa de lavagem, porque tem muita dificuldade para evacuar sozinho”, contou a mãe.
Apesar das limitações, Sharon descreve o filho como uma criança alegre e cheia de energia.
“O Matteo é muito abençoado, serelepe. Só descobrimos porque parou mesmo de fazer as necessidades”.
Mesmo com convênio médico, muitos especialistas e exames não são cobertos, o que gerou grande impacto financeiro para a família.
“Se não tivéssemos gastado tanto com as cirurgias anteriores e especialistas, conseguiríamos bancar. Mas acumulamos dívidas. Hoje, sozinhos, não conseguimos mais”, desabafou Sharon.
Sharon pediu ajuda à população de Três Lagoas e da região para que Matteo consiga realizar a cirurgia no prazo.
“Eu já estive do lado de quem doava e nunca imaginei estar nesse cenário. Hoje sou eu quem precisa. Peço que se coloquem no nosso lugar. Ele é uma criança e precisa. Vamos fazer o melhor por ele”.