
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou, nesta terça-feira (4), a segunda edição do site Nomes no Brasil, que mostra quais são os nomes e sobrenomes mais comuns no país, nos estados e nos municípios ao longo do tempo.
Com mais funcionalidades e dados atualizados pelo Censo Demográfico 2022, a nova edição do site disponibiliza, além dos nomes, a catalogação dos sobrenomes. Com ferramentas de pesquisa de fácil navegação, o novo site oferece dados de acordo com o objetivo da busca: popularidade de nomes e sobrenomes por década, localidade, rankings geográficos, dados históricos e até um mapa-múndi comparando nomes e sobrenomes populares em diversos países.
O site disponibiliza os nomes e sobrenomes organizados por gênero, período de nascimento da pessoa e letra inicial. Rankings de nomes e sobrenomes também podem ser gerados de acordo com o local selecionado pelo usuário: Brasil, unidades da federação ou municípios. “A versão anterior do Nomes no Brasil, lançada em 2016 com dados do Censo 2010, foi um sucesso absoluto e inesperado de público. Agora que temos a real dimensão do grande interesse da sociedade por dados sobre nomes, quisemos não só atualizar o site com dados do censo mais recente, como acrescentar mais dimensões para se explorar”, ressalta Rodrigo Almeida Rego, gerente de Inovação e Desenvolvimento no IBGE e responsável pelo projeto.
Ao clicar em cada nome registrado, é possível saber o número total de pessoas registradas e a concentração de registros por localidade, além de uma linha do tempo mostrando a frequência de registros por década. O IBGE também oferece o cálculo da idade mediana para cada um dos nomes próprios (indicador que divide o grupo entre os 50% mais jovens e os 50% mais velhos).
Na consulta aos nomes mais frequentes no ranking, é possível, por exemplo, perceber algumas curiosidades: em Morrinhos (CE) e Bela Cruz (CE), a cada 100 pessoas, 22 se chamam Maria (22,30% e 22,21% do total da população das respectivas cidades). Na cidade de Santana do Acaraú (CE), a cada 10 pessoas, 1 se chama Ana (equivalendo a 10,41% do total da população). Já em Buriti dos Montes (PI), essa proporção ocorre com o nome Antonio (equivalendo a 10,06% do total da população). Entre os sobrenomes, é possível ver que 43,38% da população de Sergipe possui “Santos” no registro. Já em Alagoas e Pernambuco, o sobrenome “Silva”, que lidera o ranking, está presente em mais de um terço dos registros das populações de ambos os estados (35,75% e 34,23%, respectivamente).
Osvaldo e Terezinha dão lugar a Gael e Helena
Pelo levantamento por década de nascimento, é possível perceber as tendências de nomes que entram e saem de moda ao longo do tempo, bem como aqueles que aparecem de maneira mais constante. Cruzando os gráficos de incidência, é possível ver o declínio do uso de alguns nomes ao longo das décadas, que se refletem também nas idades medianas, a exemplo de Osvaldo e Terezinha (62 e 66 anos), assim como a ascensão dos nomes “mais recentes” – que possuem idades medianas bem mais baixa, como Gael e Helena (1 e 8 anos, respectivamente).
O novo site também conta com uma aba dedicada a fatos e curiosidades sobre o estudo dos nomes próprios, a Onomástica, em que o usuário pode explorar diversos aspectos que ressaltam a dinâmica cultural refletida em nomes e sobrenomes, assim como compreender melhor o que o sistema de nomeação e os nomes utilizados podem revelar sobre uma sociedade, especialmente quando analisados ou comparados ao longo do tempo e espaços territoriais.
Nomes no Mundo
Outra novidade do site é o mapa-múndi “Nomes no Mundo”, em que é possível navegar pelo mapa e descobrir os nomes e sobrenomes mais comuns nos respectivos países. A ferramenta também faz a comparação com a quantidade de brasileiros registrados com os nomes exibidos no mapa, com base no banco de dados atualizado pelo Censo 2022.
É possível, por exemplo, selecionar a China para ver que o sobrenome mais comum do país, Wang, é utilizado por 1.513 pessoas no Brasil. Ou ainda, visitar a Bolívia e descobrir que os nomes próprios mais comuns do país são Juan e Juana: ao lado dos dados, o site informa também a quantidade de registros desses nomes no Brasil; 67.908 e 3.113 registros, respectivamente.
O projeto Nomes no Brasil tem por base as listas de moradores dos domicílios em 1º de agosto de 2022, data de referência do Censo 2022. Foram registrados, em dois campos distintos, o nome e o sobrenome completo de todos os moradores do domicílio informados pelo entrevistado na data de referência.
*Informações da assessoria do IBGE.