Na série de entrevistas com vereadores de Três Lagoas, o parlamentar Ademir da Silva Santos, conhecido como Mi do Santa Luzia, falou sobre os desafios do primeiro mandato e as principais bandeiras que tem defendido na Câmara de Três Lagoas. Ele foi eleito pelo PSB com 1.213 votos, após cinco tentativas.
“Eu acredito realmente que Deus tem um tempo pra tudo na nossa vida. Se tivesse sido eleito antes, talvez não estivesse tão preparado como estou hoje”, afirmou.
Entre as prioridades, o parlamentar destacou a área social, o esporte e a saúde. Santos chamou a atenção para a falta de infraestrutura esportiva no município.
“Temos uma cidade de 140 mil habitantes, com arrecadação de R$ 1,4 bilhão por ano, e não temos uma piscina pública. Isso é uma vergonha”, criticou.
Ele também defendeu a descentralização dos projetos esportivos.
“Não adianta construir quadras sem oferecer projetos sociais. A criança da Vila Piloto, do Imperial, precisa de oportunidades perto de casa, senão a gente perde talentos e deixa o espaço abandonado para o vandalismo”, pontuou.
Sobre a saúde, Santos admitiu que ainda há muito a ser feito, principalmente em relação à falta de medicamentos.
“Nós entendemos a questão burocrática, mas a partir do próximo ano não pode mais haver desculpas. A população precisa de respostas”, reforçou.
Ele também citou a construção de uma nova UPA no bairro Vila Nova como avanço importante.
Na educação, o vereador elogiou o corpo docente e a gestão pedagógica, mas afirmou que falta estrutura.
“O material humano é excelente, mas ainda faltam salas de aula, ar-condicionado e vagas em centros de educação infantil”, destacou.
O parlamentar lembrou ainda de sua trajetória ligada ao esporte e aos projetos sociais. Há mais de nove anos, ele mantém o projeto Bom de Bola, Bom de Escola, que atende cerca de 300 crianças em diferentes bairros.
“Eu ofereço café da manhã para todas as crianças. Mas essa não é minha obrigação. Esse é o papel do poder público”, ressaltou.
Apesar das dificuldades do Legislativo, o vereador garante estar motivado.
“Hoje eu consigo ajudar mais do que ajudava antes. O pouco que eu fizer já é muito, porque se eu não estivesse vereador, não teria como atender tantas famílias”, disse.
Sobre a possibilidade de reeleição, Santos foi cauteloso.
“É muito trabalho, mas se eu não estiver aqui, quem atenderia essas pessoas? Abandonar eu não vou, isso eu garanto”.