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Três Lagoas

Meio ambiente é tema de projeto dos alunos da Escola ?Ramez Tebet?

De que forma o esgoto do município é tratado e que ainda falta investimento

 Alunos do 1° ao 5° ano da Escola Municipal “Professor Ramez Tebet” trabalham durante todo o ano em projeto que visa a preservação do meio ambiente. Com o tema “Conhecer para Preservar”, os estudantes desenvolvem atividades teóricas e práticas em quatro módulos: água, lixo, solo e ar.

De acordo com a coordenadora de Oficinal Pedagógicas da unidade educacional, professora Romilda Ferreira da Silva Momente, o módulo que vem sendo desenvolvido nesta primeira fase do projeto é a água.

“Nossos alunos estiveram na estação de tratamento de esgoto e puderam conhecer a atual situação do local. De que forma o esgoto do município é tratado e que ainda falta investimento. Outro grande problema é a segunda lagoa. Sabemos que lá há esgoto, além de muito lixo. Já tentei mobilizar autoridades, mas sei que sozinha é difícil”, cita Romilda.

Os alunos também já vêm desenvolvendo algumas atividades sobre a o lixo e o impacto que ele causa no meio ambiente. Inclusive, está sendo cogitada a ideia de montar uma equipe de coleta de material reciclável.

“Uma das ideias é levar os alunos até a Lagoa Maior, principalmente em uma segunda-feira, no pós fim de semana, para verificarem como as pessoas interferem no meio ambiente de forma irresponsável. Quando vão até a Lagoa, acabam deixando para trás seu lixo, como saquinhos, copos e outros materiais, infelizmente”, lamenta a educadora, que lembra que certa vez levou os estudantes ao local, e de removeram cinco sacos grandes repletos de lixo.

“Precisamos conscientizar a sociedade. Cada um precisa se responsabilizar pelo seu lixo. Inclusive o trabalho começa a ser aplicado dentro da própria escola “Fernando Correa”. Mostramos o que é errado e orientamos a fazer o certo. Tanto que hoje não há mais desperdício de água, orientação que acaba resultando em queda no valor das contas na casa dos alunos. Na escola também não há mais paredes, portas e carteiras rabiscadas. Não há lixo no chão. Estamos alcançando o propósito do projeto”, comemora Romilda.

Dentro do módulo que fala sobre o lixo, os alunos aprendem a teoria dos três ‘erres’: reduzir, reutilizar e reciclar, assim como deve ser tratado o lixo hospitalar e o eletrônico, dentre outros.

O racionamento de água também é tratado como fator importante. A coordenadora lembra que em Dourados, por exemplo, já ocorre racionamento de água, assim como em muitos outros municípios brasileiros. “Orientamos nossos alunos a economizarem, antes que falte, já que especialistas afirmavam que a água começaria a falta daqui, aproximadamente, 30 anos. Mas pelo o que vem ocorrendo, diante da interferência humano no meio ambiente, essa previsão à longo prazo não será cumprida”, alerta.

No módulo ‘solo’, serão aplicadas informações sobre desmatamento, adubação, erosão e especialmente sobre contaminação.

“Quando o solo é contaminado, ele também prejudica a qualidade dos alimentos, contaminação esta que atinge também rios e nascentes”, destaca a coordenadora.

Já no módulo ar, os alunos entenderão o quanto indústrias podem interferir na qualidade do ar dos municípios onde estão instaladas, diante da queima de combustíveis que produz fumaça poluente e afeta a camada de ozônio que pode ser transformar em chuva ácida.

Ainda de acordo com Romilda, há intenção de firmar parceria com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente para traçar ações e até mesmo um levantamento que aponte as indústrias que emitem gazes poluentes em Três Lagoas.

“Temos um número considerável de indústrias instaladas no município. Atualmente elas não emitem cheiro forte, mas com o desenvolvimento que vem ocorrendo, de forma acelerado, isso pode aumentar. O primeiro sinal de que o ar não é mais apropriado, é sumiço de borboletas e vagalumes, e isso, infelizmente não vemos mais com quanta frequência”, aponta a educadora, que solicita a atenção dos três-lagoenses quanto a preservação do meio ambiente e recursos naturais.