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Três Lagoas

?Melhorar o trânsito de Três Lagoas, será um grande avanço?, diz vereador Adão da Apae

Tentar melhor a situação do trânsito em Três Lagoas está entre as metas do vereador Adão José Alves, o Adão da Apae (PMDB)

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A implantação da Zona Azul, por exemplo, está entre as suas reivindicações. Ele tem como uma de suas bandeiras também, o trabalho em prol das pessoas com deficiência. Na entrevista especial da semana, o Jornal do Povo conversou com o vereador Adão da Apae, que faz uma avaliação dos trabalhos no Legislativo, inclusive sobre a questão das diárias e cota de combustível.

 
Jornal do Povo-Como está o seu mandando de vereador, qual é a avaliação do seu trabalho no Legislativo?
 
Adão José Alves- Eu classifico como positivo, era o que eu esperava. Sei que as coisas não são fáceis. O trabalho do vereador não é fácil, mas no fim é gratificante. O papel do vereador é representar a população, fazer o elo entre a população e o Legislativo, e graças a Deus tenho tido uma boa aceitação e a prefeita tem colaborado bastante, atendendo aos pedidos que a gente tem feito. Confesso que estou feliz por ter condições de poder ajudar a população, pois esse é o nosso trabalho.
 
JP- O vereador não tem poder de executar obras, mas dentro do possível, ao que cabe ao vereador, o senhor está conseguindo desempenhar o seu trabalho ?
 
Adão- Exato, o vereador não tem poder de executar obras, mas é o elo entre a população e o Executivo. E eu tenho encontrado o respaldo da prefeita e dos seus secretários para desenvolver o meu trabalho. Estou satisfeito com o trabalho que estou fazendo.
 
JP- O que o senhor destaca de positivo no seu trabalho?
 
Adão- No ano passado tive a sorte de ter quatro projetos aprovados, e das 45 indicações que apresentei, 26 foram atendidas, portanto, são 57% de atendimento, por isso digo que estou tendo sorte, pela prefeita e secretários estar atendendo aos meus pedidos. 
 
JP-Quais projetos de sua autoria foram apresentados e aprovados?
 
Adão- O primeiro projeto que apresentei foi o que prevê a inserção do deficiente físico no mercado de trabalho. Há 14 anos trabalho como voluntário na APAE, então não poderia esquecer aquelas pessoas que estão ali e precisam de um trabalho. Hoje, a Apae já tem 52 pessoas trabalhando nas empresas, então eu quis expandir isso para o município. O projeto foi aprovado e caberá a Assistência Social montar a equipe e fazer esse trabalho de acompanhamento as pessoas com deficiências no mercado de trabalho, pois a procura é grande. O Ministério do Trabalho mesmo tem uma lei de cotas que as empresas têm que contratar pessoas com deficiência. Por isso, apresentei esse projeto e tenho certeza que, a partir de agora, as pessoas com deficiência que tenham condições de trabalhar, vão ter o seu local para fazer o seu treinamento e serem inseridas nas empresas. Apresentei um projeto também para regulamentar o serviço de ambulante em Três Lagoas, com o objetivo de não atrapalhar e prejudicar o trabalho do comércio local. Apresentei também o projeto de lei que prevê a destinação de um espaço reservado durante os eventos públicos para as pessoas idosas, gestantes, lactantes, com deficiência, e com criança no colo. Essas são pessoas vulneráveis e precisam ter um lugar seguro para eles. E o outro projeto que apresentei foi o que prevê a remoção de veículos abandonados ou que caracterize abandono nas vias públicas. Para esse ano, tem mais dois projetos de minha autoria tramitando na Câmara também, um é relacionado ao transporte público e privado, e o outro em relação às pessoas com deficiência.
 
JP- Em um ano você apresentou quatro projetos e tem mais dois tramitando, mas a Câmara de um modo geral apresentou apenas 44 projetos, um número baixo diante da quantidade de vereadores. Como o senhor analisa essa situação?
 
Adão- Dos 44 projetos apresentados, quatro foram meus. Acho que pela falta de experiência ainda de alguns, já que muitos são vereadores de primeiro mandato, mas acredito no trabalho dos meus colegas e acho que a tendência é que aumente esse número.
 
JP- Muitas pessoas têm criticado também os gastos dos vereadores com diárias e cota de combustível, como analisa esses gastos extras que os vereadores têm direito?
 
Adão- O valor das diárias eu acho alto. Acho que poderia ser diminuído, falo por mim, acho um pouco exagerado. Mas, não posso falar pelos demais. Quanto à cota de combustível, eu utilizo porque eu ando muito na cidade inteira, já aluguel de carros,eu não utilizo, porque tenho o meu, então não preciso alugar carro. Já falei uma vez que acho um pouco exagerado os valores, porque não utilizo, por exemplo, os 300 litros de combustível.
 
JP- Há 14 anos o senhor presta um trabalho voluntário na Apae, mesmo depois de eleito, dá para conciliar o trabalho de vereador com o de voluntário?
 
Adão- Sim, o trabalho na Apae está no meu sangue e quero ver o melhor para aquelas crianças e alunos que estão ali. Às vezes aperta, mas consigo conciliar, pois faço com muita satisfação, pois sou grato a Deus que me ajudou, já que me aposentei novo, então quero ajudar aquelas crianças fazendo o melhor possível em prol desses alunos.
 
JP- Falando em Apae, vocês estão com muitos projetos importantes em andamento, inclusive vão receber um veículo novo para dar continuidade aos trabalhos?
 
Adão- Sim, na sexta-feira, vamos receber esse veículo, que é fruto de uma emenda de autoria do deputado Eduardo Rocha, no valor de R$ 25 mil e a Apae de uma contrapartida de R$ 2.800. O Eduardo é um grande companheiro dessa entidade. Temos os ônibus e uma Kombi, mas precisávamos de mais um carro para as assistentes sociais irem aos bairros fazer os seus trabalhos. Quanto ao novo prédio da Apae, é uma obra orçada em mais de R$ 5 milhões, já gastamos R$ 1 milhão e, agora conseguimos mais R$ 1 milhão da Prefeitura para darmos continuidade nessa obra. Conversei novamente com a vice-governadora sobre isso, e tenho certeza que ela vai nos ajudar, assim como o deputado e a prefeita. Só tenho que agradecer a essas pessoas pelo apoio que tenho recebido.
 
JP- Depois que a nova escola da Apae for concluída, o prédio atual vai passar a abrigar a Clínica de Reabilitação, que hoje funciona em prédio alugado na avenida Filinto Müller?
 
Adão- Sim, esse é um sonho que temos. Precisamos de um novo espaço para abrigar a escola da Apae e também a clínica, que foi uma conquista que vem de uma luta desde  2004, quando iniciamos a primeira viagem à Campo Grande, pleiteando essa prestação de serviço. Sempre precisamos do poder público e ele sempre colaborou, então, entendemos que era a hora de darmos a nossa contribuição também com essa prestação de serviço. A Apae tem knowhownessa parte de reabilitação física e mental, então foi o que credenciou para  pleiteamos esse serviço junto ao Ministério da Saúde. 


JP- No Legislativo o senhor faz parte da base de sustentação da prefeita Márcia Moura, pretende continuar dando apoio à administração?
 
Adão- Sim, assim que fui eleito, disse a Márcia que seria parceiro e companheiro. A administração tem enfrentado algumas dificuldades, mas temos certeza que a prefeita vai conseguir sanar e fazer uma boa administração.
 
JP- Qual será a sua próxima bandeira?
 
Adão– Tem muitas coisas que eu gostaria que fosse feito, mas conseguir normalizar e melhorar a questão do trânsito em Três Lagoas, acho que vai ser um grande avanço. Em todo lugar que a gente anda na cidade está cheio de carro. No centro da cidade, por exemplo, não conseguimos encontrar vagas de estacionamento. Acho que essa é uma situação que precisa ser resolvida com urgência, inclusive, a implantação da Zona Azul já está sendo estudada, já conversei com a Márcia, já participamos de reuniões sobre isso, e todas as autoridades são favoráveis à implantação desse serviço em Três Lagoas. Depois da retirada dos trilhos tem previsão para abrir mais estacionamentos naquela área. 


JP- Para encerrarmos, qual o recado que o senhor deixa para as pessoas que votaram no senhor?
 
Adão- Que estou me empenhado ao máximo para representar bem a população. Outro dia, alguns moradores do Paranapungá me disseram que foram feitas ligações clandestinas na rede de esgoto do bairro e falaram que iam colocar cimento, eu disse: não vai adiantar, então fui até a Sanesul e conversei com o gerente e o problema foi resolvido. Então, é isso que a gente tem que fazer, o que eu poder fazer para a população, vou fazer.