
Um morador em situação de rua que ocupava uma barraca no canteiro da avenida Filinto Muller, esquina com a rua Paranaíba, no centro de Três Lagoas, foi internado para tratamento na manhã desta quinta-feira (4). A ação contou com o acompanhamento do prefeito Cassiano Maia e do vereador Fernando Jurado, que defendia a retirada do homem do local por questões de saúde pública e segurança.
A operação envolveu equipes de saúde especializadas e ocorreu sem resistência. O homem, identificado como Adriano, vivia há meses em condições precárias no espaço público, alvo de reclamações sobre acúmulo de lixo, riscos sanitários e conflitos. A internação marca o desfecho de um processo que mobilizou prefeitura e Justiça, diante de limitações legais para intervenções em casos de dependência química e transtornos mentais.
O vereador Fernando Jurado, que vinha defendendo políticas de internação humanizada, afirmou que o resultado representa resposta a uma demanda antiga do município. “Estou muito feliz que o debate que ousamos fazer, polêmico, mas necessário, terminou com este resultado. Neste momento, Adriano está onde ele merece, recebendo tratamento humanizado e a população se sentindo mais segura e a cidade menos degradada”, destacou.
Três Lagoas, assim como outras cidades brasileiras, enfrenta o aumento da população em situação de rua e discute medidas de intervenção, inclusive internação involuntária. A ação desta quinta-feira é vista por integrantes da administração municipal como avanço no enfrentamento do problema, mas ainda sem respostas estruturais para questões sociais, econômicas e de saúde mental que afetam esse grupo.
A Secretaria de Assistência Social seguirá monitorando o caso e que a internação abre caminho para possibilidade de reinserção social de Adriano, sem previsão de prazo para alta. Publicamente, a gestão reforça intenção de desenvolver novas estratégias de atendimento à população em situação de rua, diante de pressão social e judicial por respostas mais efetivas.
A região onde ele estava instalado passou por limpeza após a remoção da barraca. Representantes do município disseram que o espaço seguirá monitorado para evitar reocupações.