Veículos de Comunicação

Três Lagoas

Moradoras do Bairro Santa Rita reclamam da poeira

Nem mesmo a proximidade com a área central evita que a poeira cubra as casas e revolte várias famílias.

Enedina mostra a rua que gostaria de ver asfaltada -
Enedina mostra a rua que gostaria de ver asfaltada -

Moradores do Bairro Santa Rita estão vivendo momentos de tensão e angústia. O problema, que parece tão comum em todos os bairros de Três Lagoas, ganha uma expressão maior naquela localidade, chegando a causar transtornos sérios à saúde dos moradores. Nem mesmo a proximidade com a área central evita que a poeira cubra as casas e revolte várias famílias.

Enedina Fernandes Viana, 62, moradora da rua Bernardino Antônio Leite, número 70, relatou que mora no bairro há 40 anos e está impossível continuar do jeito que está. Ela é aposentada e disse que deixa de ir à feira comprar alimentos para adquirir remédios. Com a voz embargada, ela se diz doente e revoltada com uma olaria existente defronte sua casa, complicando ainda mais a situação e gerando mais poeira ainda.

A senhora contou que ligou para a Prefeitura esta semana solicitando a passagem do caminhão de água para regar a rua e eliminar um pouco do pó, mas foi informada que o único caminhão disponível está prestando serviços à Indústria de Celulose Fíbria. “Será que uma empresa deste porte não tem estrutura própria e depende do caminhão da Prefeitura, que deveria estar atendendo a população?”, questiona.

Enedina disse que paga os impostos com dificuldade e criou quatro filhos trabalhando como empregada doméstica. Ainda assim, conseguiu ampliar sua casa e hoje, com os problemas enfrentados no bairro, não consegue sequer vender o imóvel para se mudar. “Vou morrer e não vou ver o asfalto na minha rua”, disse a aposentada, com um fio de esperança de que a situação seja resolvida em breve.

MAIS RECLAMAÇÕES

Outra moradora do bairro, Audrey Cosmo Morilla, 42 anos, residente na rua Antônio de Barros Guerra, 1500, reforça as colocações de sua vizinha e relata a dificuldade enfrentada por toda a família. Ela disse que uma filha vive com problemas respiratórios e que a cerâmica trabalha descarregando barro até nos finais de semana, aumentando os transtornos.

Audrey mora defronte o Hospital Nossa Senhora Auxiliadora. Ela relata que nas imediações de sua casa são encontrados rato, lacraia e escorpião, colocando em risco a vida dos pacientes da unidade hospitalar. Ela diz ainda que a administração municipal deve asfaltar sua rua, tendo em vista que é comum ver nuvens de poeira invadindo o hospital e, certamente, prejudicando o tratamento de saúde dos internados. Moradora do bairro há mais de 20 anos, ela cobra a melhoria da qualidade de vida com o asfalto, lembrando que o Bairro Santa Rita é encostado do centro e que a situação ali “é uma vergonha”.

Questionada se ela tem esperança de que a situação vai melhorar, Audrey disse que tem sim. “Tenho orado muito para Deus e Deus há de tomar providência e tocar no coração desse povo”, concluiu.