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Três Lagoas

Pânico e prejuízos

Em meio a ventania o telhado de zinco se soltou e as telhas se espalharam por um raio de aproximadamente 50 metros

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Ao longo da cidade o que se viu durante os poucos minutos da tempestade, foram pessoas assustadas e famílias tentando contabilizar o prejuízo. 

Na avenida Rosário Congro, na área central da cidade, muitos motoristas tentaram correr para retirar os veículos que estavam estacionados embaixo de árvores, mas muitos não conseguiram. Pelo menos três carros foram atingidos.
 
Os bombeiros foram até o local e com uma serra-elétrica cortaram os galhos para conseguir retirar os veículos. 
 
Na circular da Lagoa Maior a situação também foi grave e muito assustadora. Em meio a ventania o telhado de zinco se soltou e as telhas se espalharam por um raio de aproximadamente 50 metros, atingindo arvores, carros e várias residências.  Claudio Pereira da Silva estava em casa quando ouviu as primeiras telhas se soltando. “Eu levei um grande susto, pensei que que estavam estourando bombas porque o barulho foi muito forte, saí para fora e vi ainda algumas telhas voando em direção da minha casa, fiquei com muito medo”, contou o morador. 
 
Olzírio Alves Lima estava na fazenda e, quando chegou em sua casa, não acreditou no que viu. “Minha casa ficou tomada pela água, tem telha de zinco e espuma amarela pra todos os lados, eu não sei como vamos fazer, só sei que vai dar muito trabalho para limpar toda essa bagunça, o final de semana não será fácil para a gente”, disse produtor rural.
Dona Ruth tem 76 anos e no momento da tempestade ela estava chegando a sua casa com o marido, que tinha acabado de sair do médico. “Quando vi o estado que ficou minha casa eu não acreditei. Uma árvore que tem aqui no fundo, ficou parecendo um Ipê Amarelo todo florido, mas não eram flores e sim espuma do telhado [do Ginásio]. Estou com meu marido muito debilitado, tenho medo que esse material seja toxico ou algo assim”, contou a aposentada.  
O Centro Poliesportivo Professor Eduardo Milanes foi inaugurado em outubro do ano passado e custou cerca de sete milhões de reais. Além do susto, as famílias aguardam agora uma posição da prefeitura para sanar os prejuízos trazidos durante tempestade. 
ALAGAMENTOS
Se na área central, o vento causou medo, nos bairros mais afastados foi o alagamento o maior problema. Conforme a moradora do bairro Jardim das Violetas, rua do Escultor, Juraci Vilalba Albares, 61 anos, com a chuva forte, a água invadiu a residência dela e danificou móveis. “Foi uma correria para tirar os móveis e acho que perdi a minha geladeira. Essa é a segunda vez que acontece isso comigo. Como minha casa é de esquina, e não está toda murada, a água vem de todos os lados. Liguei para os bombeiros, mas eles não vieram”. Os móveis foram retirados com a ajuda dos dois netos, que moram com ela. No entanto, do lado de fora da casa o volume de água ainda era alto na tarde de ontem. “Chegou a mais ou menos 30 centímetros na parede”.