Em Três Lagoas, não só os grande estabelecimentos têm sistema de segurança, mas também centenas de residências espalhadas pelos quatro cantos da cidade. Alarmes, cercas elétricas e câmeras são os itens mais vendidos nesse segmento. Não há dados locais, mas segundo a Associação Brasileira das Empresas de Sistema de Segurança (Abese), apenas em 2013, o país registrou um crescimento de 9% no setor. O faturamento ficou em torno de R$ 4,3 bilhões.
No município, as empresas entrevistadas pelo JPNews e Jornal do Povo revelaram um crescimento elevado nas vendas destes equipamentos. De acordo com Edwin Barreto, proprietário de uma empresa local, os números indicam a mudança de perfil do sistema de segurança eletrônico. “Do ano passado para este ano, teve esse crescimento devido à procura por mais segurança. Esse ano, 24 instalações, em média, são feitas por mês. Ano passado o número não ultrapassou 16 por mês. A procura é cada vez maior, não só por aqueles que já foram vítimas, mas também por aqueles que querem se precaver”, afirmou Barreto.
A segurança eletrônica tem sido uma ferramenta muito procurada por proprietários de casas e empresas que buscam proteção efetiva contra furtos e assaltos. Atualmente, a decisão de comprar um imóvel, leva em consideração primeiramente a segurança que o imóvel oferece. Itens como tamanho, localização e custo já não são tão determinantes para a decisão do comprador.
De acordo com Edwin Barreto, muitos moradores e empresários optam por um pequeno número de câmeras no início e, aos poucos, investem mais. “Os clientes têm mostrado um interesse maior por tecnologias ligadas a barreiras físicas. A procura por recursos ligados à proteção efetiva frente a um perigo, como alarmes, sensores e cercas elétricas, entre outras tecnologias, são as mais procuradas, mas com os constantes relatos de assaltos na cidade as tecnologias de monitoramento, como os circuitos fechados de TV cresceram muito”, afirmou.
Nelson Alves Rodrigues, de 54 anos, proprietário de uma loja de conveniência, na avenida Filinto Müller, é um dos que pretende investir mais no monitoramento eletrônico. O comerciante foi assaltado quatro vezes ao longo dos 14 anos que possui o estabelecimento. O último assalto foi na última quarta-feira. “Desde que fui assaltado há seis anos, instalei oito câmeras na conveniência, as quais não foram suficientes para inibir a prática dos assaltantes. As imagens estão com a polícia que está investigando o caso. Vou trocar as câmeras por outras de melhor qualidade e instalar mais quatro. Infelizmente nós somos reféns todos os dias”, afirmou Nelson Alves.