Três Lagoas no último dia 15 de junho festejou os seus 107 anos engalada pelo momento que atravessa. Somos uma cidade bem situada no contexto das cidades brasileiras nas questões de desenvolvimento econômico e urbano. Entre 30 municípios do Centro Oeste brasileiro, somos a oitava economia com capacidade de produção de bens e serviços. E entre os 5,500 mil municípios do país, ocupamos a 110ª posição diante do Produto Interno Brasileiro (PIB) indicando um índice de R$10,3 bilhões.
Acredita-se, que o Orçamento municipal de 2022 antecipará as expectativas do próximo ano atingindo uma arrecadação superior a R$ 1 bilhão de reais. Essa força de trabalho aqui instalada é a locomotiva que impulsiona a arrecadação e o desenvolvimento que vivemos em um momento de dificuldades da economia nacional. É certo que estamos garantindo esses índices expressivos, por conta das fábricas de celulose, papel e muitas outras instaladas no distrito industrial, as quais também geram emprego e renda e se constituem atrativos para que novos e mais moradores aqui sejam acolhidos, impulsionando com a própria força do trabalho o progresso do município e da sua gente. É por conta dessa fantástica geração de bens e serviços que vemos a arrecadação municipal potencializada para a realização de inumeráveis obras na área de infraestrutura urbana, entre outras, sendo executadas com a pavimentação de ruas, avenidas, além da implantação de redes de captação de águas pluviais e de esgoto. A cidade caminha para sua urbanização definitiva. Várias escolas, centros de atendimentos à criança e adolescentes estão sendo construídas e reformadas.
Um novo hospital na próxima semana será inaugurado, fato que irá tornar Três Lagoas uma cidade referência para o atendimento regionalizado de pacientes dos onze municípios que constituem a Costa Leste de Mato Grosso do Sul. A construção anunciada de dois viadutos do contorno rodoviário, a implantação de um porto seco para a Receita Federal alfandegar a produção destinada à exportação, são fatores que reafirmam a relevância do município como polo de escoamento da produção nacional e ponto importante de trânsito do transporte de mercadorias vindas da região centro sul do Brasil rumo aos estados do Centro Oeste e Norte do país.
Não há como retrocedermos no tempo. A nossa marcha ascensional está engrenada para nos tornarmos cidade da prosperidade e do desenvolvimento. O nosso barco está a todo vapor. Nessa jornada, entretanto, um fato deixa apreensivo os mais acurados observadores do movimento político eleitoral que vivemos. Estamos diante de uma possibilidade de enfraquecimento da nossa representação política. Depois de décadas e décadas, corremos sério risco de não ter um deputado estadual, federal e senador com domicílio em Três Lagoas.
E por isso, corremos o grave risco de não termos em nenhuma das Casas do Congresso Nacional e Assembleia Legislativa gente que tem a marca da nossa cidade. Há tempo, ainda, para que as lideranças partidárias repensarem essa corrida eleitoral e escolham pessoas que possam nos representar com dignidade e competência para defender os nossos interesses com unhas e dentes. Caso contrário, vamos viver um período de estar a reboque de outros, dependendo da boa vontade daqueles que institucionalmente tivermos que procurar para reivindicar nossos interesses e defender as questões que dizem diretamente respeito à nossa gente.