
O encerramento do ano legislativo em Aparecida do Taboado veio acompanhado de um balanço apresentado pela presidência da Câmara, com ênfase em diálogo político, comunicação e execução de demandas do cotidiano. Além disso, o presidente comentou o relacionamento com o Executivo e afirmou que o Legislativo manteve a rotina de cobranças quando a população procurou os vereadores, sobretudo em temas de serviços e infraestrutura.
Foram citadas 498 indicações e 26 moções ao longo de 2025, além de uma lista de projetos e atos legislativos mencionados durante a entrevista. Ainda assim, o eixo do discurso foi centralizado no “diálogo” como marca do ano, e a condução das diferenças internas foi destacada como caminho para manter votações e debates no campo do respeito, mesmo com posições partidárias distintas.
No campo administrativo, a presidência defendeu que a comunicação institucional ganhou prioridade para reduzir ruídos e aproximar a Câmara da população. Por outro lado, um ponto sensível também entrou no debate: a obra de reforma e ampliação do prédio, que virou tema de polêmica nas redes sociais. Segundo o presidente, o investimento total citado ficou em torno de R$ 1,6 milhão, com aditivos voltados a ajustes de projeto, e a entrega foi projetada para os próximos meses, com mudança de sede estimada para abril.
A obra foi apresentada como reorganização estrutural do Legislativo, e a ampliação foi justificada pela necessidade de salas, melhoria de espaços administrativos e adequação de fluxo interno. Além disso, uma denúncia relacionada a cargos comissionados foi mencionada como já arquivada após esclarecimentos, e a intenção de iniciar um concurso público foi anunciada para fortalecer o quadro efetivo, em resposta a uma lacuna de reposição após aposentadorias.
Outro tema abordado foi o das emendas impositivas: o presidente admitiu que houve um problema de prazo e afirmou que pretende negociar com o prefeito para que pedidos sejam contemplados por diálogo e alinhamento com secretarias. Ainda nesse contexto, também foi citado que vereadores buscaram recursos em agendas externas e que valores superiores a R$ 5 milhões teriam sido articulados ao longo do ano, segundo a estimativa apresentada na entrevista.
A Câmara entra em recesso e, conforme informado, as sessões ordinárias devem retornar em 2 de fevereiro de 2026. Assim, o Legislativo fecha o ano com dois recados simultâneos: de um lado, a promessa de reorganização interna; de outro, a cobrança por entregas que dependem de execução do Executivo, especialmente em obras, serviços e atendimento às indicações registradas.