Veículos de Comunicação

Impasse

Abandono e falta de segurança na avenida Ernesto Geisel são problemas antigos

A CBN Campo Grande foi conversar com moradores da região que relatam as dificuldades enfrentadas no dia a dia

Muitos lixos são jogados no local - Bruno Nascimento
Muitos lixos são jogados no local - Bruno Nascimento

A reportagem da rádio CBN Campo Grande esteve na manhã desta segunda-feira (17), na avenida Ernesto Geisel para conversar com moradores da região que vêm sofrendo com o abandono e falta de segurança no local. A via liga as regiões norte e sul de Campo Grande, margeando o rio Anhanduí.

Vários trechos da avenida estão desmoronando e, em alguns pontos, como em frente ao ginásio Guanandizão há uma grande erosão. Esse hoje, é o trecho mais problemático da avenida com vários buracos que invadem, inclusive, a rua onde circulam os veículos.

Barracos dos moradores de rua 

Mas o problema não é só esse, na avenida ainda é possível encontrar um grande acúmulo de lixo e moradores de rua. Há seis meses com comércio na região, Valdemar Duarte comenta sobre a situação. “As pessoas jogam muito lixo nesses locais onde estão com obras paradas, fora os moradores de rua que roubam fios de cobra e ficam queimando.  Está um descaso total aqui com a região”, comenta.

O também comerciante, José Corrêa, reclama da falta de infraestrutura e da paralisação das obras. “O nosso problema aqui é o descaso da prefeitura. Essas obras aqui estão paradas faz anos e ninguém se preocupa em arrumar. São valas que estão atingindo as vias e o local está muito perigoso. Ninguém olha por nós, nem a prefeitura, nem os vereadores e nem o Ministério Público”, afirma.

Sobre o trânsito no local, Marcos Moraes relata que está cada dia mais difícil trafegar na região com as crateras que abrem na via. "É muito complicado andar aqui. A condição é péssima, tem crateras abertas no meio da via onde passam os carros com perigo dos veículos caírem dentro. Nos horários de pico é muito perigoso trafegar por aqui", relata. 

Uma das crateras existentes na via

Retorno

A rádio CBN Campo Grande entrou em contato com prefeitura que informou que há projeto de recomposição das margens do Rio Anhanduí. Segundo a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) será lançada uma nova licitação para a retomada e conclusão das obras de revitalização do trecho entre as ruas Abolição e Aquário.

Em relação aos moradores de rua no local, a Secretaria Municipal de Assistência Social (SAS), informou que dispõe do Serviço Especializado em Abordagem Social (SEAS), que é ofertado para as pessoas que utilizam espaços públicos, praças, entroncamentos de estradas, terminais de ônibus, dentre outros – como espaço de moradia e sobrevivência.

“As abordagens sociais na rua ocorrem 24h por dia, nos sete dias da semana, incluindo feriados e finais de semana As equipes percorrem a região central, principalmente nas imediações da antiga rodoviária, além de viadutos, marquises, entroncamentos e locais onde a população em situação de rua costuma se abrigar”, informa a nota.

“É importante salientar, que as equipes do SEAS retornam por diversas vezes durante a semana, aos locais onde houve recusa de acolhimento, sempre na tentativa de convencer a pessoa sobre a importância de ser acolhido em uma comunidade terapêutica”, finaliza a nota.

@@NOTICIA_GALERIA@@