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ECONOMIA

Brasileiros sacam R$ 310 milhões esquecidos em bancos em julho

Sistema de Valores a Receber já devolveu R$ 11,3 bilhões, mas ainda há R$ 10,7 bilhões disponíveis

Sistema de Valores a Receber já devolveu R$ 11,3 bilhões, mas ainda há R$ 10,7 bilhões disponíveis - Foto: José Cruz/Agência Brasil
Sistema de Valores a Receber já devolveu R$ 11,3 bilhões, mas ainda há R$ 10,7 bilhões disponíveis - Foto: José Cruz/Agência Brasil

Os brasileiros retiraram R$ 310,36 milhões em valores esquecidos no sistema financeiro apenas no mês de julho, segundo dados divulgados nesta terça-feira (9) pelo Banco Central.

Desde a criação do Sistema de Valores a Receber (SVR), já foram devolvidos R$ 11,34 bilhões, mas ainda restam R$ 10,70 bilhões disponíveis para saque.

Como funciona o sistema

O SVR permite consultar se uma pessoa física ou jurídica tem recursos parados em bancos, financeiras, corretoras, cooperativas de crédito ou consórcios encerrados. A consulta é gratuita e pode ser feita apenas com CPF e data de nascimento ou CNPJ e data de abertura da empresa.

Se houver saldo, o resgate pode ser solicitado pelo próprio sistema, mediante login com conta Gov.br nos níveis prata ou ouro, ou diretamente junto à instituição financeira responsável.

Solicitação automática

Desde maio, o sistema oferece a opção de resgate automático para pessoas físicas com chave Pix vinculada ao CPF. Dessa forma, valores disponibilizados pelas instituições são creditados diretamente na conta do beneficiário, sem necessidade de novas consultas ou solicitações.

Quem já sacou e quem ainda pode sacar

Até o fim de julho, 32,3 milhões de pessoas e empresas já haviam recuperado valores — sendo 29,3 milhões de pessoas físicas e 3 milhões de jurídicas. Ainda restam 52,6 milhões de beneficiários sem resgate, dos quais 48 milhões são pessoas físicas.

A maior parte desses correntistas tem direito a pequenas quantias: 64,4% podem receber até R$ 10, enquanto apenas 1,8% têm valores acima de R$ 1 mil.

Atenção a golpes

O Banco Central reforça o alerta contra tentativas de fraude. O órgão esclarece que não envia links, não faz contato direto com clientes e que o serviço é totalmente gratuito. Apenas as instituições financeiras listadas na consulta podem se comunicar com os beneficiários.

*Com informações da Agência Brasil