O comércio de Campo Grande deve movimentar R$ 60 milhões no Dia das Crianças, celebrado neste sábado (12). A data, uma das mais importantes para o varejo, deve impulsionar principalmente os setores de vestuário, calçados e brinquedos.
Apesar da boa expectativa, o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Campo Grande (CDL/ CG), Adelaido Figueiredo, afirma que o consumidor está mais cauteloso devido ao endividamento e à perda de renda nos últimos anos.
“Mesmo assim, é uma data muito esperada pelo comércio. Esperamos um movimento positivo, com injeção de R$ 60 milhões a mais na economia local”, afirmou durante entrevista à Rádio Massa FM.
De acordo com Figueiredo, a restrição de crédito e a falta de reajuste salarial entre servidores públicos — que representam mais de 100 mil trabalhadores na Capital — têm impacto direto no consumo.
“A inflação corroeu o poder de compra e o crédito está cada vez mais difícil. Isso reduz o gasto médio, mas não elimina o desejo de presentear”, disse o presidente da CDL/ CG.
O levantamento nacional da CNDL e do SPC Brasil projeta R$ 16,7 bilhões em vendas no país, com gasto médio de R$ 297 por consumidor — R$ 46 a menos que em 2023.
Segundo a pesquisa, na hora de agradar as crianças, as famílias de Campo Grande devem priorizar presentes de maior durabilidade, como roupas e calçados, ao invés de brinquedos caros. “Isso mostra um comportamento mais racional e planejado. As pessoas estão buscando custo-benefício”, explicou Figueiredo.
Em relação ao funcionamento das lojas, a comércio da Capital está autorizado a abrir nos feriados de sexta (11) e sábado (12), seguindo as regras da convenção coletiva. As lojas poderão funcionar das 9h às 18h, mediante pagamento de adicional e folga compensatória aos funcionários, esclareceu o dirigente.
Um dos problemas enfrentados pelos lojistas na hora de garantir o atendimento de qualidade e a falta a de mão de obra disponível para o setor. Figueiredo falou sobre a situação e incentivou trabalhadores a buscarem qualificação profissional.
“Há muitas oportunidades, mas falta gente capacitada. O Sistema S oferece cursos gratuitos, e isso pode fazer toda a diferença para quem quer entrar no mercado”, completou.
Confira a entrevista na íntegra: