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ENTREVISTA

Casa Rosa amplia atendimentos e prepara novas frentes na saúde pública de MS

Projeto que zerou fila de mastologia no SUS agora mira câncer de próstata, oftalmologia e expansão para municípios do interior

Projeto realizou mais de 10 mil atendimentos em três anos - Foto: Reprodução/Câmara Municipal de CG
Projeto realizou mais de 10 mil atendimentos em três anos - Foto: Reprodução/Câmara Municipal de CG

Em pouco mais de três anos, o projeto Casa Rosa realizou mais de 10 mil atendimentos e diagnosticou 211 casos de câncer de mama em Mato Grosso do Sul. Criada inicialmente para reduzir a fila de consultas em mastologia e biópsias de mama no SUS, a iniciativa conseguiu zerar a espera que antes chegava a dois anos.

Agora, o desafio é ampliar o atendimento para outras áreas da saúde, como câncer de próstata e oftalmologia.

As declarações foram dadas pelo mastologista e vereador de Campo Grande, Dr. Victor Rocha (PSDB), em entrevista ao programa Microfone Aberto, da Massa FM Campo Grande, nesta segunda-feira (18).

Redução de filas e diagnóstico precoce

Segundo Rocha, a estratégia foi oferecer consultas, ultrassom e biópsia no mesmo dia. Isso reduziu o tempo de espera de anos para poucas semanas. “Hoje, uma mulher com nódulo suspeito consegue atendimento rápido, com a mesma agilidade que teria na rede particular”, destacou.

Dr. Victor Rocha nos estúdios da Massa FM Campo Grande – Foto: Fernando de Carvalho/Portal RCN67

Na saúde do homem, o gargalo é ainda maior. Pacientes que precisam de biópsia de próstata aguardam até 20 meses pelo exame. A meta do projeto para este semestre é começar a oferecer o procedimento e mudar o cenário do diagnóstico de câncer de próstata no Estado.

Atendimento em mutirões

Além da rotina em parceria com a Santa Casa, a Casa Rosa realiza mutirões aos sábados em sua sede, no bairro Tijuca II, onde atende tanto mulheres quanto homens em demanda espontânea.

Nesses mutirões, os pacientes podem passar por consulta, realizar exames como PSA e ultrassom, e receber encaminhamentos imediatos quando necessário.

A associação também participa de mutirões comunitários em bairros de Campo Grande e cidades do interior. Em Ladário, por exemplo, um único dia de ação resultou em três diagnósticos de câncer — de mama, próstata e colo de útero.

Novas áreas de atuação

O próximo passo da Casa Rosa será atuar na oftalmologia, área com forte demanda reprimida no SUS. O objetivo é instalar até o fim do ano dois consultórios completos, com capacidade de realizar 2,5 mil atendimentos por mês.

“A ideia é que o paciente já faça todos os exames oftalmológicos no mesmo dia, de forma integrada”, explicou Rocha.

Expansão para o interior

Atualmente, a Casa Rosa atende pacientes regulados de 34 municípios da região de Campo Grande e recebe encaminhamentos de Corumbá e Três Lagoas. A associação também prepara novas ações em cidades menores.

Em outubro, durante o Outubro Rosa, será realizado atendimento em Corguinho, no distrito de Taboco, usando a estrutura do posto de saúde local.

Confira a entrevista na íntegra: