Oito pessoas suspeitas de participarem de uma organização criminosa na capital, foram presas durante a Operação Patrimonium nesta terça-feira (13). Conforme a Delegacia Especializada em Repreensão a Roubos e Furtos (Derf), os suspeitos cortavam cercas elétricas de alguns condomínios de alto padrão para adentrar nos imóveis e furtar celulares, relógios de grife, dinheiro em espécie e veículos. Ao todo, seis veículos foram apreendidos nas residências dos criminosos .
A investigação, que iniciou em abril deste ano, aponta que os suspeitos ostentavam uma vida luxuosa nas redes sociais, com fotos de viagens em iates e lugares turísticos. Segundo o delegado responsável pelo caso, Jackson Vale, em apenas um dos imóveis furtados, eles chegaram a levar cerca de R$ 500 mil em bens. O valor total dos produtos e dinheiro furtados não foi divulgado pela Derf.
"Eles escalavam os muros dos condomínios, inativando os sistemas de alarme e depois entravam nas casas mais próximas de forma aleatória. Observavam se haviam pessoas ou movimento no local e arrombavam portas e janelas. O foco deles eram objetos de valor, de preferência os cofres. Parte deles eram trabalhadores da construção civil que começaram a trabalhar nos condomínios para praticar os furtos", explica Vale.
Dentre os suspeitos, quatro são da mesma família, sendo sogra, esposa e cunhado do alvo principal. Ainda conforme o registro mãe e filha eram responsáveis pela venda dos objetos além de distribuir os valores arrecadados para outro integrante do grupo, considerado o mandante. Seis endereços ligados ao grupo criminoso foram alvos de busca e apreensão.
Ainda hoje (13), os policiais prenderam dois suspeitos em flagrante, após tentativa de furto à uma residência no bairro Antônio Vendas, no último domingo. Alguns dos integrantes da quadrilha atuavam como trabalhadores da construção civil dentro dos condomínios
Os presos foram encaminhados à Derf e serão indiciados pela prática de seis furtos qualificados consumados, associação criminosa e um furto qualificado tentado. Para cada furto qualificado a legislação prevê pena de 2 a 8 anos de reclusão. já por integrar associação criminosa a pena é de 1 a 3 anos de reclusão.