Veículos de Comunicação

Investigações

DERF conclui inquérito sobre a morte de Andreia Aquino

Investigação confirmou que o crime foi planejado no dia anterior e três pessoas foram indiciadas

Investigação confirmou que o crime foi planejado no dia anterior e três pessoas foram indiciadas - Foto: Divulgação
Investigação confirmou que o crime foi planejado no dia anterior e três pessoas foram indiciadas - Foto: Divulgação

A Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (DERF) concluiu nesta segunda-feira (08) o inquérito policial sobre o roubo que resultou na morte de Andreia Aquino Flores, de 38 anos, morta no último dia 28, em Campo Grande.

Conforme as investigações, os autores agiram previamente, com o objetivo de constranger a vítima, “mediante grave ameaça” com um simulacro de arma de fogo e uma faca, para que Andreia fizesse uma transferência bancária de R$ 50 mil.

A quantia seria creditada na conta de um dos autores, que sacaria os valores, sobre o pretexto de ter sido obrigada pelos supostos assaltantes. Posteriormente a quantia seria repartida entre os envolvidos, sendo que L. ficaria com R$ 30 mil e P. e J. com R$ 10 mil cada um.  O crime não seguiu como planejado porque a vítima reagiu e acabou morta por asfixia.

Sem a transferência, os autores subtraíram objetos eletrônicos da residência, sendo um Macbook, dois celulares da marca Iphone e uma caixa de som da marca JBL, avaliados em R$ 15.500.

Os policiais também apreenderam o notebook e uma caixa de som da vítima em poder de P., além de uma calça, um casaco, um boné e uma faca, utilizados pelo autor durante o delito.

“Durante a investigação ficou patente que o crime foi planejado no dia anterior e, inclusive, momentos antes do crime, L. tirou o cachorro da vítima da residência e o deixou num pet shop, para que não dificultasse a ação criminosa”, explicou, em nota, o Delegado de Polícia Francis Flávio T. A. Freire.

Foi encontrado ainda, na fossa da casa de J., situada no Bairro Cristo Redentor, duas carcaças dos aparelhos celulares da vítima, além de pedaços de fita supertape, idênticas às encontradas no local do crime e utilizadas para amarrar Andreia. Nos fundos do imóvel, num terreno baldio, os policiais também encontraram carcaças dos aparelhos celulares de L. e J.

“A investigação apontou que o ato de violência – simulação de “roubo” – foi ideia/responsabilidade de L., que agenciou sua filha J. e seu cunhado P., sem aquiescência ou adesão comprovada por parte da irmã da vítima", esclareceu em nota.

Os autores foram indiciados pelo crime de latrocínio consumado, sendo o procedimento investigatório encaminhado ao Poder Judiciário.

Ainda assim, a irmã da vítima confirmou que ofereceu dinheiro à L., sua antiga funcionária, para intermediar um acordo com Andreia. “A irmã alegou que, através de L., pretendia se ajustar com Andreia, já que advogados da vítima colocavam óbices nas transações familiares, negando conhecimento que a vítima sofreria “susto” ou qualquer violência”.