A campanha Julho Laranja busca conscientizar pais e responsáveis sobre a importância da ortodontia preventiva em crianças. O mês foi escolhido por coincidir com as férias escolares, período em que muitas famílias conseguem dedicar mais tempo aos cuidados com a saúde dos filhos.
Em entrevista ao quadro Saúde é Massa, no programa Microfone Aberto da Massa FM Campo Grande, a ortodontista Nicolle Paulucci destacou que a prevenção e o diagnóstico precoce são fundamentais para evitar problemas mais complexos no futuro.
Sinais de alerta para os pais
Segundo a profissional, alguns sinais podem indicar a necessidade de avaliação ortodôntica ainda na infância: queixo muito para frente ou para trás, dentes apinhados (encavalados), respiração bucal e ronco durante o sono.
“Essas condições podem levar à falta de espaço para os dentes permanentes e, em casos graves, até à necessidade de cirurgia”, explicou.
Ela também alertou para situações de dentes supranumerários, quando a criança apresenta mais dentes do que o normal, o que exige diagnóstico precoce para evitar prejuízos maiores.
Diferença entre ortodontia preventiva, interceptiva e corretiva
Paulucci explicou que a avaliação precoce permite identificar o momento ideal para iniciar o tratamento. “Na ortodontia preventiva, muitas vezes apenas acompanhamos a criança com consultas periódicas, sem intervenção imediata. Já na interceptiva, ocorre o tratamento com aparelhos ortopédicos, direcionando o crescimento ósseo e evitando problemas mais graves no futuro”, afirmou.
Deixar para intervir apenas na adolescência pode tornar o tratamento mais longo, caro e complexo, especialmente em casos de má formação da mandíbula ou da maxila.
Idade ideal para a primeira avaliação
A ortodontista orienta que a primeira avaliação ortodôntica ocorra entre os 5 e 6 anos. “Mesmo em bebês, ao nascer o primeiro dentinho, é importante procurar o odontopediatra para uma avaliação inicial”, destacou.
Prevenção reduz custos e melhora a qualidade de vida
De acordo com Paulucci, o tratamento precoce pode evitar intervenções extensas na adolescência ou na fase adulta. Além de facilitar o processo corretivo, reduz custos e melhora a qualidade de vida das crianças, evitando constrangimentos relacionados à estética e à mordida incorreta.
Confira a entrevista na íntegra: