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ENTREVISTA

Diagnóstico precoce pode evitar tratamentos longos e cirurgias na adolescência

Ortodontia preventiva garante melhor desenvolvimento da face e evita problemas respiratórios e estéticos

Ortodontia preventiva garante melhor desenvolvimento da face - Foto: Laísa Queiroz/MS
Ortodontia preventiva garante melhor desenvolvimento da face - Foto: Laísa Queiroz/MS

A campanha Julho Laranja busca conscientizar pais e responsáveis sobre a importância da ortodontia preventiva em crianças. O mês foi escolhido por coincidir com as férias escolares, período em que muitas famílias conseguem dedicar mais tempo aos cuidados com a saúde dos filhos.

Em entrevista ao quadro Saúde é Massa, no programa Microfone Aberto da Massa FM Campo Grande, a ortodontista Nicolle Paulucci destacou que a prevenção e o diagnóstico precoce são fundamentais para evitar problemas mais complexos no futuro.

Sinais de alerta para os pais

Segundo a profissional, alguns sinais podem indicar a necessidade de avaliação ortodôntica ainda na infância: queixo muito para frente ou para trás, dentes apinhados (encavalados), respiração bucal e ronco durante o sono.

“Essas condições podem levar à falta de espaço para os dentes permanentes e, em casos graves, até à necessidade de cirurgia”, explicou.

Ela também alertou para situações de dentes supranumerários, quando a criança apresenta mais dentes do que o normal, o que exige diagnóstico precoce para evitar prejuízos maiores.

Diferença entre ortodontia preventiva, interceptiva e corretiva

Paulucci explicou que a avaliação precoce permite identificar o momento ideal para iniciar o tratamento. “Na ortodontia preventiva, muitas vezes apenas acompanhamos a criança com consultas periódicas, sem intervenção imediata. Já na interceptiva, ocorre o tratamento com aparelhos ortopédicos, direcionando o crescimento ósseo e evitando problemas mais graves no futuro”, afirmou.

Deixar para intervir apenas na adolescência pode tornar o tratamento mais longo, caro e complexo, especialmente em casos de má formação da mandíbula ou da maxila.

Idade ideal para a primeira avaliação

A ortodontista orienta que a primeira avaliação ortodôntica ocorra entre os 5 e 6 anos. “Mesmo em bebês, ao nascer o primeiro dentinho, é importante procurar o odontopediatra para uma avaliação inicial”, destacou.

Prevenção reduz custos e melhora a qualidade de vida

De acordo com Paulucci, o tratamento precoce pode evitar intervenções extensas na adolescência ou na fase adulta. Além de facilitar o processo corretivo, reduz custos e melhora a qualidade de vida das crianças, evitando constrangimentos relacionados à estética e à mordida incorreta.

Confira a entrevista na íntegra: