
O índice de famílias endividadas em Campo Grande chegou a 66,7% em novembro, segundo a PEIC (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor), da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). Esse número representa uma alta de um ponto percentual em relação a outubro e ao mesmo mês do ano passado.
O percentual de consumidores com contas em atraso apresentou leve queda, atingindo 29,2% dos endividados. Já a fatia dos que declararam não ter condições de pagar suas dívidas subiu para 14,4%, ante 13,6% registrados em outubro.
Endividamento e Economia
A economista do Instituto de Pesquisa da Fecomércio MS (IPF-MS), Regiane Dedé de Oliveira, explica que o endividamento inclui qualquer compromisso financeiro parcelado. Exemplos incluem cheques pré-datados, cartões de crédito, carnês, empréstimos pessoais, financiamentos de veículos e seguros. Segundo ela, o endividamento saudável é aquele que permanece sob controle. Além disso, ele contribui para o dinamismo da economia.
O cartão de crédito segue como principal forma de endividamento, alcançando 68% das famílias. Contudo, há contrastes significativos por faixa de renda. Entre os domicílios com renda de até dez salários mínimos, 20% citam os carnês como fonte de dívida. Esse percentual cai para 9,8% entre os de renda superior.
O movimento se inverte nos financiamentos de veículos. 25,5% das famílias com maior renda têm esse tipo de compromisso, ante 9% dos entrevistados com rendimento de até dez salários mínimos.