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POLÍTICA

Exonerações selam saída do PT do governo de Mato Grosso do Sul

Alterações atingem áreas ligadas a políticas públicas e reorganizam espaços ocupados pelo partido no Estado

Riedel em reunião com Zeca do PT e Vander Loubet -  Foto: Reprodução/ Arquivo
Riedel em reunião com Zeca do PT e Vander Loubet - Foto: Reprodução/ Arquivo

A edição desta sexta-feira (12) do Diário Oficial trouxe a publicação das exonerações de filiados ao Partido dos Trabalhadores (PT) que ocupavam cargos no governo de Mato Grosso do Sul, consolidando a saída do partido da base do governador Eduardo Riedel (PP).

Entre os exonerados estão Vagner Campos da Silva, da Subsecretaria de Políticas Públicas LGBTQIA+; Vania Lucia Baptista Duarte, da Subsecretaria de Igualdade Racial; e Zirleide Silva Barbosa, da Subsecretaria para Pessoas Idosas.

Também deixaram os cargos Humberto de Mello Pereira, secretário-executivo de Agricultura Familiar, Povos Originários e Comunidades Tradicionais, e Marcos Roberto Carvalho de Melo, diretor-executivo da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer).

No mesmo documento, o governo nomeou substitutos para quase todas as funções. Mikaella Lima Lopes assumiu a Subsecretaria de Políticas Públicas LGBTQIA+, Deividson de Deus Silva ficou responsável pela Subsecretaria de Igualdade Racial.

Já Larissa Diniz Paraguassu assumiu a Subsecretaria para Pessoas Idosas e Karla Bethania Ledesma de Nadai passou a comandar a Secretaria-Executiva de Agricultura Familiar. Apenas a diretoria da Agraer não teve substituto anunciado até agora.

Motivo

As exonerações ocorrem após semanas de tensionamento político. Em agosto, o governador criticou nas redes sociais a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), classificando a medida como “excesso judicial” e alertando para riscos de instabilidade política no país.

As declarações foram interpretadas como afastamento das pautas defendidas pelo PT e culminaram no rompimento formal.

O deputado federal Vander Loubet anunciou a saída do partido da base governista por “coerência com a trajetória da legenda” e afirmou que o atual governo se distanciou do programa defendido em 2022.