Sete pessoas foram presas pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, suspeitas de envolvimento na execução de E.C.S., de 40 anos, morto a tiros na noite de sábado (26) em Coxim. A investigação aponta que o crime foi cometido por integrantes de uma facção criminosa com atuação regional.
A Polícia Civil já trabalhava com a hipótese de acerto de contas entre membros de facções rivais, uma vez que E.C.S. havia sofrido uma tentativa de homicídio em janeiro, na mesma rua onde foi morto. Na ocasião, ele e M.V.G foram atacados por dois indivíduos em uma moto. Meses depois, em 1º de junho, M.V.G foi assassinado, também a tiros e em local próximo.
As investigações levaram à descoberta de uma residência usada como base para o planejamento do crime, e quatro pessoas foram presas inicialmente por participação direta na execução e por integrar organização criminosa.
Com o rastreamento da motocicleta usada no crime, as equipes policiais localizaram os dois suspeitos do assassinato e os prenderam. Eles haviam se deslocado de Rio Verde de Mato Grosso para Coxim, a mando da facção.
De acordo com a Polícia Civil, a ação do grupo envolveu divisão de tarefas, uso de veículos e tentativa de ocultação de provas, revelando uma estrutura organizada e hierarquizada, com objetivo de eliminar rivais e manter domínio territorial. Os investigados atuam de forma estável, devido aos inúmeros registros de ocorrência na região.
Segundo as investigações, R.N.V., de 21 anos, apontado como o “geral da cidade de Coxim” dentro da facção criminosa, exercia papel de liderança, com poder sobre outros integrantes, e coordenou a ação. Ele cedeu a residência usada como base para o grupo, além de fornecer a arma de fogo e a motocicleta utilizadas no crime.
J.H.S.D.F., de 21 anos, e F.M.P., de 28, foram convocados pela facção para executar a vítima, e ambos vieram de Rio Verde de Mato Grosso.
No entanto, às vésperas do crime, F.M.P. teria desistido da ação e, em seu lugar, entrou V.V.P., de 21 anos, também membro da facção e próximo de J.H.S.D.F., que assumiu a função de atirador ao lado dele.
Outros membros também tiveram participação no esquema, como L.C.O., de 28 anos, natural de São Paulo, atuava como “disciplinar de bairro” e ficou encarregado de recuperar e esconder a arma após o crime. Já G.S.C.S., de 18 anos, tinha a função de resgatar a motocicleta usada pelos assassinos, que havia sido abandonada em um posto de combustíveis.
Além dos celulares dos suspeitos, o aparelho da vítima, que havia desaparecido, foi recuperado e pode conter informações importantes para o avanço das investigações.
A Polícia Civil já comunicou as prisões ao Judiciário e pediu a conversão em prisão preventiva, e a investigação continua para localizar a arma usada no crime, identificar outros envolvidos e apurar conexões com homicídios semelhantes registrados nos últimos anos.
*Com informações e fotos de PCMS