A sessão desta quarta-feira (8) na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul foi marcada pelas negociações para a formação de blocos parlamentares. Os deputados estaduais haviam se comprometido com a mesa diretora a concluir a indicação dos integrantes até esta quinta-feira (9), última sessão da semana, para que os partidos fossem distribuídos nas comissões permanentes e, assim, as votações de projetos já começariam na próxima semana. Mas, até agora não houve consenso para a formação dos blocos.
O PSDB reúne atualmente a maior bancada, tem seis deputados, e quer atrair parlamentares de outros partidos para compor o grupo. A deputada Mara Caseiro pediu mais tempo à presidência. "Nós estamos em uma contrução ainda, conversando com os deputados e conversando com os partidos sobre a participação deles junto com o PSDB pra gente constituir um bloco de pelo menos nove deputaods. Então foi por conta disso que eu pedi uma prorrogação do prazo, para que a gente possa realmente fazer com consenso conversando os deputados para que venham, além dos seis do PSDB, mais deputados", afirma a parlamentar.
O deputado Márcio Fernandes, do MDB, também defende a prorrogação do prazo acordado. "Não é fácil lidar com 24 parlamentares que cada um pensa de um jeito, cada um quer uma situação. Então não é assim que a gente consegue juntar oito, nove ou dez parlamentares, cada um de um partido, então não está tendo ainda esse consenso, por isso pedidmos esse prazo a mais", explica o deputado.
Por outro lado, o PT tem forte tendência a não integrar bloco. "Nós devemos decidir isso até amanhã, no máximo sexta-feira. Estamos analisando, talvez, a não participação de bloco porque a gente leva em consideração uma questão que pranós é muito cara, quando você não põe bloco, com três deputados nós conseguimos ter uma liderança, uma liderança de bancada. Essa é uma das nossas estratégias para que, mesmo com três, possamos ter um peso maior em decisão e na tramitação dos projetos, e vamos participar dessa maneira em uma quantidade menor de comissões", conta o deputado estadual do partido, Amarildo cruz.
Alguns parlamentares também defendem mudanças no regimento interno da Casa de Leis, para reduzir o número mínimo de parlamentares em cada bloco, que é de 8 deputados, ou seja, um terço do parlamento. A proposta é formar bloco a partir de 4 deputados, explicou Júnior Mochi, do MDB. "Hoje você pode indicar membro nas comissões se você tiver uma bancada de, no mínimo, quatro ou se você fizer um bloco e, no bloco, minimamente são oito deputados. Eu acho que pode, já que é permitido a bancada, ser permitido a junção de quatro deputados, não necessáriamente eu preciso na bancada. E então você pode indicar um, já que o bloco com oito, pode indicar dois".
A expectativa agora é que até a próxima terça-feira, dia 14, esse impasse esteja resolvido. Enquanto não houver definição, não haverá votação de projetos em plenário, já que os textos precisam antes tramitar nas comissões. Já o prazo regimental para a indicação dos nomes que vão compor os blocos parlamentares vai até o dia 23 de fevereiro, última sessão do mês.