O que mais se vê hoje são os líderes políticos se reunindo para discutir as eleições municipais, que só vão ser realizadas em 6 de outubro de 2024. O ex-governador André Puccinelli, do MDB, é dos mais atuantes em reuniões. Ele não admite publicamente que é pré-candidato a prefeito de Campo Grande. Mas nas conversas deixa a impressão meio confusa. Quem o ouve, fica na dúvida se o ex-governador é ou não é pré-candidato sério a prefeito da Capital. O MDB, no entanto, conta com André como pré-candidato por ser a principal arma do partido até para negociação de alianças.
O ex-governador vem se reunindo com os potenciais rivais nas eleições para ouvi-los. Mas não revela o seu ponto tático do jogo político. E nem os visitantes abrem o coração. O que mais eles fazem é conversar e muito. Tudo não passa de conversa e mais conversa para um sentir o que o outro pensa e tentar arrancar algo de interesse político.
André é campeão em usar tática política da dúvida. Ele conversou bastante com a Rose Modesto, do União Brasil. Não é segredo pra ninguém do sonho dela em ser prefeita de Campo Grande. Ela prefere, no momento, mais ouvir a ficar falando. Rose disse estar mais focada em seu trabalho na Sudeco, mas está participando de inúmeras reuniões políticas para tratar da sucessão na prefeitura da Capital.
O deputado federal Marcos Pollon, futuro presidente regional do PL, é outro que sentou com André para tratar das eleições municipais. Ele saiu da reunião do jeito que entrou: sem acordo de aliança em Campo Grande. Pollon alegou dificuldades para se unir ao André, porque já é, também, um postulante a concorrer a prefeitura pelo grupo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Sem contar que há orientação da direção nacional do PL para lançamento de candidatos a prefeito em todas as capitais.
O atual presidente regional do MDB, deputado estadual Junior Mochi, reconhece não ser o momento de definição de candidatos. O momento é só de conversas. Enquanto fica a dúvida no ar se André está mesmo determinado a disputar a prefeitura, ele vem percorrendo os bairros da cidade mostrando o que fez nas redes sociais.
E nesse papo político, o ex-governador Reinaldo Azambuja, o cacique-mor do PSDB, tem sido mais arrojado. Ele tem criado atritos com outros partidos por estar assediando seus prefeitos. Esse assédio tem dado resultado, porque muitos deles acabaram migrando para o PSDB de olho na reeleição.
Enquanto isso, o pré-candidato a prefeito pelo partido, deputado federal Beto Pereira, já está em plena pré-campanha eleitoral. Ele vem participando de reuniões nos bairros para ouvir as demandas dos moradores.
Já a prefeita Adriane Lopes, do PP, também, tem conversado bastante com as lideranças de outros partidos. Mas ela prefere deixar as definições nas mãos da senadora Tereza Cristina.
Confira na íntegra: