O incêndio que atinge a Serra do Amolar, em Corumbá, completa dez dias e já destruiu uma área superior a 14 mil hectares, segundo o Instituto Homem Pantaneiro (IHP). As chamas afetam a fauna e a flora do Alto Pantanal e levaram a Prefeitura de Corumbá a decretar situação de emergência por 90 dias, em razão da intensidade e da dificuldade no controle do fogo.
De acordo com o coordenador do Prevfogo, Márcio Yule, o incêndio teria começado após um raio atingir uma área de difícil acesso, no alto da serra. “O fogo da Serra do Amolar, possivelmente, foi ocasionado por raio. É uma região onde não há produção, trilhas ou circulação de pessoas, o que reforça essa hipótese”, afirmou.
Cerca de 20 brigadistas atuam no combate direto — dez do Ibama Prevfogo e dez do Instituto Homem Pantaneiro — com reforço previsto de mais dez agentes, que aguardam autorização do governo da Bolívia para acessar a região pela fronteira.
“A grande dificuldade é a logística: chegar até o local, manter os combatentes próximos das áreas atingidas e garantir alimentação, hidratação e descanso. É um trabalho exaustivo, que exige revezamento constante” – Coordenador do PrevFogo, Márcio Yule
Com o decreto de emergência, o município busca agilizar o envio de recursos e reforços para o combate aos focos, além de proteger comunidades ribeirinhas e garantir assistência humanitária.
O pedido de reconhecimento da situação de emergência será encaminhado ao governo federal, com base no dossiê técnico da Defesa Civil de Corumbá.