A tecnologia deixou de ser tendência e se tornou realidade no agronegócio brasileiro. Para mostrar na prática como ela pode impactar a produção, a Áster John Deere promoveu um encontro entre produtores rurais em suas 11 filiais. A proposta foi simples: reunir agricultores que já utilizam soluções conectadas e tecnologias embarcadas nas máquinas John Deere para compartilhar experiências com quem ainda não aderiu totalmente a essas ferramentas.
O diretor da Áster, Osvaldo Piccini, destacou que acompanhar a evolução tecnológica é questão de sobrevivência no setor.
“A tecnologia é uma coisa que veio para ficar e só cresce a cada dia. A máquina hoje não é mais só um amontoado de ferro, ela tem inteligência. Se nós não acompanharmos, a gente morre atropelado” – diretor da Áster, Osvaldo Piccini
Para ele, eventos como esse são essenciais para que os produtores conheçam e explorem o potencial das ferramentas já disponíveis. “Muita gente, às vezes, não sabe ou usa mal. Esse é o objetivo da reunião: mostrar tudo que a máquina pode fazer”.
Entre as soluções apresentadas está o Conecta Áster, projeto que leva conectividade 4G para áreas rurais. Segundo Piccini, o investimento foi necessário para garantir que as máquinas utilizem todos os recursos tecnológicos adquiridos. “Nós tomamos a decisão de investir mais de R$ 20 milhões para construir torres que levassem internet ao campo. Muitas vezes o produtor pagava por uma tecnologia embarcada e não conseguia usar por falta de conexão”.
Hoje, a rede de conectividade da Áster conta com 85 torres instaladas, sendo 38 em Mato Grosso do Sul, cobrindo mais de 3 milhões de hectares. “O Conecta Áster nasceu com o propósito de levar informação ao campo”, explicou Paulo Roberto Vicente, gerente corporativo de Soluções Conectadas e Agricultura de Precisão. Ele acrescenta que, além da infraestrutura própria, há integração com soluções como o Starlink. “Isso garante comunicação em tempo real entre máquinas, operadores e gestores”.
Para os produtores, a conectividade trouxe um novo nível de controle. Luiz Venturi, diretor executivo do Grupo Guarujá, avalia que a tecnologia reduz riscos e aumenta a eficiência.
“Quanto mais controle a gente tem sobre o nosso negócio, melhor. Esse controle precisa ser diário, etapa a etapa. Isso traz eficiência, redução de custo e previsibilidade da produtividade. Hoje ficou muito mais fácil, porque conseguimos monitorar os equipamentos em tempo real” – diretor executivo do Grupo Guarujá, Luiz Venturi.
Além dos ganhos econômicos, há impactos ambientais. “Imagina uma máquina que você consegue acompanhar e diminuir o consumo de combustível. Consequentemente, você está contribuindo para reduzir a emissão de poluentes”, destacou José Adelino Gaspar, gerente comercial da Áster. Ele lembra que sustentabilidade e rentabilidade caminham juntas.
Venturi reforça essa percepção: “Não interessa a ninguém jogar produto fora. Isso custa dinheiro e prejudica o meio ambiente. A tecnologia garante precisão, evitando desperdícios”.
Para a Áster, mais do que vender máquinas, a missão é construir parcerias duradouras. “Trabalhamos para que a vida possa avançar”, resume Paulo Vicente. Em um cenário de demanda crescente por alimentos e limitação de áreas produtivas, a tecnologia se consolida como aliada estratégica para produzir mais, com eficiência e responsabilidade.
