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MS Gás amplia rede, avança no mercado livre e aposta em biometano

Empresa amplia rede, aposta no mercado livre e projeta chegada a novos municípios com foco em biometano e descarbonização

Cristiane Junqueira Schmidt durante entrevista na rádio Massa Campo Grande (Foto: Fernando de Carvalho/ Massa CG)
Cristiane Junqueira Schmidt durante entrevista na rádio Massa Campo Grande (Foto: Fernando de Carvalho/ Massa CG)

A MS Gás encerra 2025 com expansão da rede, aumento no número de clientes e novos desafios no horizonte, impulsionados pela abertura do mercado livre de gás natural e pela transição energética. A avaliação é da diretora-presidente da companhia, Cristiane Junqueira Schmidt, em entrevista concedida à rádio Massa FM, nesta terça-feira (16).

Segundo Cristiane, a distribuidora ampliou em cerca de 50 quilômetros sua malha neste ano e alcançou 550 quilômetros de rede instalada em Mato Grosso do Sul. O número de clientes chegou a um recorde histórico de 27 mil, quase o triplo do registrado há uma década. Para 2026, a meta é ultrapassar a marca de 30 mil consumidores conectados.

Desafios e Expansão da MS Gás em 2025

“Foi um ano desafiador, marcado por mudanças profundas na regulação do setor, especialmente com o início efetivo do mercado livre de gás natural no Brasil”, afirmou. De acordo com a executiva, a MS Gás já recebeu consultas de indústrias interessadas em migrar para esse modelo, que deve representar a maior parte do volume comercializado a partir do próximo ano.

A redução no fluxo de gás vindo da Bolívia também impactou o cenário energético e a arrecadação de ICMS no Estado. Hoje, o Brasil importa cerca de 13 milhões de metros cúbicos por dia, volume bem inferior ao registrado no início dos anos 2.000. Cristiane destacou, no entanto, que a empresa não depende de recursos do Tesouro estadual e segue gerando dividendos ao governo.

Novos Projetos e Investimentos Estratégicos

No campo da expansão territorial, a MS Gás prepara um novo gasoduto de aproximadamente 125 quilômetros até o município de Inocência, com entrega prevista para 2027, para atender uma nova indústria de celulose. Há ainda estudos avançados para projetos semelhantes em Bataguassu e Dourados, além do fortalecimento da rede já existente em Campo Grande e Três Lagoas.

Outro eixo estratégico é o investimento em biometano. A empresa pretende integrar a produção desse combustível renovável à sua rede, aproveitando a equivalência técnica com o gás natural. “Biometano, mercado livre e descarbonização das frotas são as três grandes prioridades da MS Gás para 2026”, afirmou a presidente.

Segundo ela, a aposta em fontes mais limpas reforça o papel da companhia no desenvolvimento econômico do Estado e na meta de redução de emissões, alinhada aos compromissos ambientais assumidos por Mato Grosso do Sul até 2030.

Acompanhe a entrevista completa: