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INCLUSÃO

MS firma acordo para estruturar políticas de pertencimento e diversidade

Acordo entre SEC e Iphan prevê estruturação da memória, identidade e pertencimento dos povos sul-mato-grossenses

O acordo visa ações em grupos vulneráveis - Foto: Agência de Notícias MS
O acordo visa ações em grupos vulneráveis - Foto: Agência de Notícias MS

Um Acordo de Cooperação Técnica para fortalecer políticas públicas voltadas à valorização histórica e cultural em Mato Grosso do Sul foi assinado ontem (5) pela Secretaria de Estado da Cidadania (SEC) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

O plano de trabalho prevê apoio a oficinas, seminários, debates temáticos e levantamentos culturais em comunidades atendidas pelas subsecretarias, com foco no reconhecimento da diversidade cultural, preservação de identidades e estímulo à participação social no estado.

“Quando falamos em cidadania, estamos falando também de pertencimento. E isso só é possível quando a história de um povo é reconhecida e valorizada em sua pluralidade. Este acordo é um marco dentro da gestão pública. Como historiadora e antropóloga, sei o quanto é importante construirmos políticas públicas que não sejam passageiras, mas estruturantes. Queremos que o cidadão se reconheça nesse processo e diga: ‘isso aqui é nosso, não pode ser retirado’”, destacou Viviane Luiza, secretária de Estado da Cidadania.

O acordo também estabelece o compromisso de desenvolver políticas voltadas a grupos historicamente vulneráveis, como quilombolas, indígenas, populações periféricas e LGBTQIAPN+.

“É a primeira vez que o Iphan firma um acordo técnico com uma pasta voltada à cidadania, envolvendo todas as subsecretarias. Estamos estruturando políticas que levem à população o direito à memória, à identidade, ao pertencimento. Não queremos ações pontuais, mas um trabalho contínuo, com impacto real nos territórios”, afirmou o superintendente do Iphan/MS, João Henrique.

Durante a cerimônia, a subsecretária de Políticas Públicas para a População LGBTQIA+, Tetê Costa, primeira mulher lésbica a assumir o cargo, destacou a importância da memória de mulheres que marcaram a luta por visibilidade.

“A revolta de Stonewall, marco do movimento LGBT no mundo, começou com a resistência de uma mulher lésbica que foi violentamente agredida e algemada. Ela gritava para as pessoas: ‘Vocês não vão fazer nada?’. E esse grito acendeu a luta. Mas até hoje, o nome dela não é lembrado”, relembrou Tetê.

*Com informações e fotos da Agência de Notícias MS