Mato Grosso do Sul terá em 2026 o maior volume de recursos da história do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), com R$ 3,1 bilhões aprovados pelo Conselho Deliberativo do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Condel/Sudeco) nesta terça-feira (2), em Brasília. O montante será dividido igualmente entre o setor empresarial, que reúne indústria, comércio, serviços e turismo, e as atividades rurais do Estado.
Segundo o secretário Jaime Verruck, a repartição equilibra o atendimento entre quem produz no campo e os segmentos urbanos. Ele ressaltou que o FCO já aplicou mais de R$ 2,7 bilhões em 2025 e seguirá decisivo para financiar projetos produtivos em Mato Grosso do Sul. “O Estado entra em 2026 com capacidade ampliada de investimento e com regras atualizadas para fortalecer setores estratégicos”, afirmou.
Verruck destacou ainda que as taxas rurais permanecem em torno de 8,5% ao ano, enquanto as empresariais podem chegar a 16%, ponto que continua alvo de cobrança. “O governador Eduardo Riedel e o vice-governador Barbosinha têm defendido com firmeza a necessidade de reduzir os juros empresariais ou, preferencialmente, equalizá-los às taxas rurais. Esse é um ponto essencial para manter o ritmo de expansão da nossa indústria e dos serviços”, disse.
Entre as deliberações aprovadas pelo Condel, o prazo para financiamento de armazenagem passa a ser de até 15 anos, com cinco anos de carência, medida que atende demanda antiga do estado e busca reduzir o déficit de estrutura identificado por estudos técnicos. O conselho também reduziu de R$ 20 milhões para R$ 10 milhões o valor mínimo para acesso ao FDCO, o que amplia o alcance da linha para novos empreendimentos.
O microcrédito produtivo orientado ganhará reforço superior a R$ 1,5 bilhão destinado a micro e pequenas empresas urbanas e rurais, somando-se a programas já consolidados como FCO Mulher, FCO Sustentabilidade e FCO Verde, voltado à recuperação de pastagens degradadas.
Com as diretrizes definidas, o Estado se organiza para operar um volume histórico de financiamento a partir de 2026. “O importante é que os recursos estejam disponíveis e sejam efetivamente aplicados. Nosso compromisso, junto ao Conselho Deliberativo Estadual, é garantir que 100% desse montante chegue ao produtor, ao empresário e às iniciativas que impulsionam a economia sul-mato-grossense”, concluiu Verruck.
