O Hospital de Câncer Alfredo Abrão, em Campo Grande, tem registrado recorde de atendimentos durante a campanha Outubro Rosa deste ano. Com a chegada de um novo mamógrafo 3D — o primeiro do tipo em Mato Grosso do Sul —, o número de mulheres que buscam o exame aumentou, ultrapassando a média prevista de 80 atendimentos diários e chegando a 110 em alguns dias.
Segundo a presidente do hospital, Sueli Lopes Telles, a instituição ampliou a faixa etária para a realização gratuita da mamografia, atendendo mulheres de 40 a 74 anos. “A procura está sendo gratificante. Já realizamos 800 mamografias só na primeira semana da campanha”, afirma. O exame é essencial para o diagnóstico precoce do câncer de mama, que pode garantir até 95% de chance de cura quando identificado no início.
O avanço tecnológico tem contribuído para o aumento da procura. “Esse mamógrafo 3D oferece mais precisão no diagnóstico e mais conforto às pacientes. Isso reduz o número de falsos positivos e dá mais segurança à equipe médica”, explica Sueli.
Mesmo com os investimentos, o hospital enfrenta dificuldades financeiras. O déficit mensal gira em torno de R$ 777 mil, e, embora o governo estadual tenha feito um aporte de R$ 500 mil no fim de 2023, os custos da oncologia seguem elevados. “O SUS paga R$ 264 por uma ressonância, mas nós desembolsamos R$ 550. É um desafio manter o equilíbrio das contas”, detalha.
Além das mamografias, o hospital realizou neste ano 123 cirurgias de câncer de mama, 5.262 sessões de quimioterapia e 153 de radioterapia. As mulheres interessadas podem procurar o hospital na Rua Marechal Rondon, a partir das 6h da manhã, levando documento pessoal e cartão do SUS.
“Se estiver passando na frente, pare e faça o exame. Não precisa agendar, não tem preparo. A prevenção salva vidas”, reforça Sueli.