
Após dois anos, ofensiva coordenada pelo GAECO/MPMS resulta em 73 condenações e reforça combate ao crime organizado no Estado
A Operação Bloodworm, deflagrada em maio de 2023 pelo Grupo Especial de Atuação e Repressão ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), completou dois anos com resultados positivos no enfrentamento ao crime organizado. As investigações, com duração de 15 meses, culminaram em nove processos judiciais. Houve 73 condenações, totalizando penas de 428 anos, 10 meses e 17 dias de reclusão.
As decisões judiciais impuseram ainda mais de 10 mil dias-multa aos réus, o que corresponde a valores superiores a meio milhão de reais. As multas são calculadas com base no valor diário do salário mínimo vigente, atualmente em R$ 1.518,00.
As decisões judiciais impuseram ainda mais de 10 mil dias-multa aos réus. Isso corresponde a valores superiores a meio milhão de reais. As multas são calculadas com base no valor diário do salário mínimo vigente, atualmente em R$ 1.518,00.
Cinco ações penais já foram analisadas em segunda instância pelo Tribunal de Justiça do Estado (TJMS). Em quatro delas, as condenações foram mantidas ou ampliadas. Um dos casos mais emblemáticos envolveu a cooptação de um policial penal que atuava na Penitenciária Estadual Masculina da Gameleira II. Esta unidade é apontada como uma das mais seguras do Estado. A atuação do servidor permitia a entrada de celulares e objetos ilícitos para presos. Esses presos continuavam liderando a organização criminosa de dentro da unidade prisional.
Detalhes da Operação Bloodworm
Também foram condenados integrantes da facção, uma mulher que recrutava novos membros fora das prisões, um advogado que usava sua posição para auxiliar os detentos e o policial penal. As penas variam entre 3 anos e 10 anos e 8 meses de prisão. A última pena foi aplicada ao agente público, por corrupção passiva e organização criminosa.
A operação foi desencadeada com o cumprimento de 92 mandados de prisão preventiva e 38 de busca e apreensão. Essas ações abrangeram cidades de Mato Grosso do Sul, além de estados como Rio de Janeiro, Goiás e Mato Grosso. A ofensiva expôs o envolvimento de profissionais como policiais penais e advogados que facilitaram o avanço da facção no Estado.
Impacto e Significado
A escolha do nome “Bloodworm” remete a um verme conhecido por sua agressividade e resistência, características atribuídas ao grupo criminoso desmantelado. As provas utilizadas foram consideradas lícitas pelo Judiciário, que reconheceu a garantia do contraditório e da ampla defesa aos réus.
Mesmo com o encerramento de parte dos processos, a operação é considerada um marco na repressão às organizações criminosas em Mato Grosso do Sul. Essa situação evidencia o papel do MPMS e das forças de segurança na contenção do crime organizado.
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